"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

BLOCO CARNAVALESCO DE COMUNISTAS CELEBRA NA FOLIA OS 100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA



Bloco Soviético nas ruas de São Paulo
Nas ruas de Sampa, o desfile vermelho do Bloco Soviétic
É um grupo carnavalesco politizado, que este ano completou cinco anos de folia, trazendo referências bem-humoradas ao ideário da esquerda internacional. As marchinhas clássicas são inspiração para novos hinos, como ‘Se Você Pensa Que Orloff É Água’ e ‘O teu discurso não nega, machista’.
Se durante a Guerra Fria o bloco soviético designava os países alinhados à URSS, no carnaval de São Paulo o Bloco Soviético arrasta foliões desde 2013 com referências bem-humoradas ao ideário da esquerda internacional. Neste carnaval o bloco aproveitou seu cortejo anual na capital paulista para fazer uma homenagem ao centenário do evento que é sua fonte de inspiração: a Revolução Russa.
COM TRIO ELÉTRICO – Fundado em 2013 por um grupo de amigos, entre eles a cantora Vange Leonel (1963-2014) e sua companheira, a jornalista Cilmara Bedaque, o bloco reuniu em seu primeiro ato cerca de 200 foliões. Em 2016, acompanharam o bloco cerca de 5 mil pessoas, partindo do bar Tubaína, na rua Haddock Lobo, para um desfile na região da Augusta-Consolação.
Em 2017, o bloco celebra os cem anos da Revolução Russa com um trio elétrico de 13 metros de comprimento com banda ao vivo e bateria com 20 instrumentistas, segundo o blog Socialista Morena.
As clássicas marchinhas de Carnaval são inspiração para novos hinos, como “Se Você Pensa Que Orloff É Água” (cantada no ritmo de “Cachaça não é Água”). A crítica aos reacionários e à direita racista aparece em “Reaça Escravocrata” (versão de “Mulata Iê-Iê-Iê”) e, aos machistas, em “O teu discurso não nega, machista”: “O teu discurso não nega, machista / perder privilégio é uma dor / só quero andar tranquila na pista / a opressão não é amor”.
“PRAÇA VERMELHA” – Outro clássico do Carnaval, “Máscara Negra”, de Zé Keti e Pereira Bastos, virou “Praça Vermelha”, com referências ao estouro da revolução centenária: “Quanto tiro, oh, que gritaria / Lenin já chegou na estação / Rasputin está chorando / pelo amor da tzarina / no meio da multidão”, diz a letra.
Já o chamado ao golpe comunista no Brasil está na versão soviética de “Turma do Funil”: “Chegou revolta no Brasil / só vai dar proleta e ninguém mais bate ponto / hahahaha, e ninguém mais bate ponto / não vão extorquir, de nós, nem mais um conto”.  (fonte: site Opera Mundi)
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Espalhados pelo país, desfilam muitos blocos de esquerda. Em Porto Alegre, por exemplo, há o “Bloco da Laje” e o “Bloco da Diversidade”, que já são tradicionais.  No Rio de Janeiro, existem há vários blocos esquerdistas, como o “Nada deve parecer impossível de mudar”, que ganhou notoriedade durante a campanha de Marcelo Freixo (PSOL) à Prefeitura do Rio, em 2012, e por comparecer a manifestações populares de junho. Ou seja, comunista também gosta de samba. (C.N.)

26 de fevereiro de 2017
Deu no Portal Vermelho

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