Tanto o Dr. Jorge Béja quanto os comentaristas expuseram considerações pertinentes sobre o “pedido de desculpas” da corporação Odebrecht. A título meramente colaborativo, longe de esgotar o tema, constata-se que um dos aspectos mais perversos da nossa situação está no “aproach” dado aos criminosos, segundo seu “perfil” sócio-econômico. Àqueles envolvidos na “simbiose político-empresário” são garantidos a vedação à tortura e ao tratamento desumano/degradante; a observância do juízo natural; o respeito à reserva legal; ao contraditório e à ampla defesa (Constituição Federal, art. 5º, III, XXXVII, XXXIX e LV, respectivamente), entre outros direitos fundamentais. Ao cabo, podem gozar plenamente dos frutos decorrentes de ilícitos, sem a devida compensação sistêmica.
Enquanto isso, aos criminosos “comuns” aplica-se um Sistema de Justiça cujos cárceres são preteridos à morte, nas palavras de um Ex-Ministro da pasta… Outro triste recorte da nossa realidade. Que república (Helio Fernandes).
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UMA JUSTIÇA ESCLEROSADA
UMA JUSTIÇA ESCLEROSADA
Francisco Vieira
Somente a nova geração do Poder Judiciário poderá salvar este país, pois os atuais bandidos do Congresso não hesitarão em mudar as leis, da noite para o dia, quando verem que estão prestes a tirar a tampa da caixa de esgoto e deixá-los todos a descoberto.
O tempo presente prova que a elite do Judiciário (incluindo aí os ministros do Supremo), hoje esclerosada, sempre esteve mamando altos salários e gratificações, mesmo habitando em um país de miseráveis, para fazer “vista grossa” aos criminosos. Uma espécie de “cala-boca” aos cúmplices do outro lado da Praça, concedido pelo crime organizado que infesta os outros dois Poderes.
Por isso chegamos à situação de caos atual, mesmo pagando rios de dinheiro de impostos, sem que criminosos da elite fossem parar na cadeia e sem que o dinheiro arrecadado fosse aplicado em qualquer benfeitoria pública.
Se os inúteis ministros do Supremo tivessem hombridade, pediriam para sair, pois esses novos juízes estão fazendo o que o Supremo não fez em toda a sua existência, provando que o país não precisava de outras leis para acabar com a impunidade, mas sim, de autoridades que tenham maior dedicação aos interesses públicos e demonstrem mais humanidade com os fracos que são roubados pela elite…
Um país sem Justiça não é um país civilizado.
03 de dezembro de 2016
Christian Cardoso
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