A vitória da PEC 241 representa um passo adiante para um país que ainda não conseguir consolidar o conceito de responsabilidade fiscal já previsto em lei. E como era de se esperar, provocou a ira da extrema-esquerda. Desde ontem estão indignados com a fragorosa derrota de 366 a 111. E não é para menos. Isso complica muito a vida para quem pensa em vandalizar o Estado.
Não por acaso, esses grupos apelidaram a proposta de “PEC do Fim do Mundo”. E no que se refere ao universo particular desses marginais, isso está correto. Para quem é demagogo, para quem planeja usar a máquina pública para causar destruições ainda piores do que o que já foi feito pelo PT (que é exatamente o que o PSOL pretende), a responsabilidade fiscal se torna algo apocalíptico.
Também é o fim do mundo para grupos que divergem pontualmente da extrema-esquerda, como é o caso de certa direita minoritária e nacionalista. A PEC também é uma estaca no peito dos corporativistas, sempre mesquinhos e dispostos a obrigar a sociedade brasileira a garantir seus mimos.
O discurso dessa gente não sobrevive aos fatos. Estão dizendo que isso seria “a segunda etapa do golpe”, o que é um equívoco tático após o povo ter rejeitado a falsa narrativa do golpe nas urnas. E é um embuste muito malfeito, já que Dilma Rousseff, Nelson Barbosa, Antonio Palocci e Joaquim Levi – todos já falaram em questões contextuais. É claro, foram momentos diferentes. Palocci propôs durante os tempos áureos do lulismo. Levi, Barbosa e Dilma falaram na medida em um momento onde o estrago já estava feito, logo após o estelionato eleitoral. Seria um paliativo do governo para reparar o rombo que Dilma provocou de maneira calculada. Afinal de contas, o PT acreditou que ficaria tudo bem, e que eles poderiam seguir em frente preparando o Brasil para a vitória de Lula em 2018. Só não deu certo por conta da Operação Lava Jato e do agravamento da crise política, o que inviabilizou o projeto do Reich de mil anos.
Aliás, o blog Terraço Econômico mostrou alguns tweets de Dilma da época. São constrangedores, para dizer o mínimo.
E não é bom esquecer: Temer pode ter sido eleito por meio do plano criminoso de poder, mas é fato de que ele tentou implementar reformas importantes no governo Dilma Rousseff. O problema é que o governo fez o que os bons socialistas fazem: quando surge uma crise provocada por políticas de esquerda, eles apresentam a extrema-esquerda como solução. Por isso Dilma chegou a defender propostas semelhantes, mas se rendeu ao ideário petista e resolveu administrar ainda mais veneno para o doente.
É necessário lembrar também das conspirações de Aloisio Mercadante, que começou a plantar notícias na mídia e a atacar o vice-presidente nos bastidores. Temer chegou a assumir a articulação do governo Dilma para neutralizar a crise política e econômica, mas deixou o cargo após ser vítima da inveja de Mercadante. Quando ele mandou aquela carta para Dilma, a presidente criminosa teria mostrado a missiva para seu comparsa. O Bigode a orientou a tornar a correspondência pública, apenas para humilhar Temer. O resto é história.
Fato é que Temer conseguiu um feito importante ontem. É claro, tal proposta seria desnecessária em um país com instituições mais sólidas, considerando que já temos uma lei de responsabilidade fiscal. Mas em se tratando de Brasil, é bom ter uma garantia a mais que evite a inflação e o vandalismo nas constas públicas. Quando aos agentes do caos que agem em nome da organização criminosa operada por Lula e suas linhas auxiliares na política, na sociedade e na imprensa, não esperem grande coisa. Essa gente que tira sua moral do esgoto sempre conspira contra os brasileiros.
Só para lembrar, foram contra as reformas de Collor, contra o Plano Real e contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Queriam um país quebrado, para vender sua ideologia barata. Criticaram as privatizações, a aproximação com os Estados Unidos e Europa Ocidental. Queriam o Brasil estatizado colaborando com Cuba e repúblicas socialistas, exatamente como foi feito nos governos Lula e Dilma. Com as estatais nas mãos, sustentariam o partido e os camaradas estrangeiros. Isso não nos deixa ter mais nenhuma dúvida sobre o caráter de quem se coloca contra a boa administração pública. Se é ruim para o PT, é bom para o Brasil.
03 de dezembro de 2016
Eric Balbinus
in reacionarismo
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