Ao tomar posse, em 2009, Mauricio Funes disse que seguiria os passos de Lula... Pelo visto, não mentia: acusado de desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito, ele deu no pé
Não que seja surpreendente, né?, mas, quando vem a confirmação, a gente se dá conta do desassombro dos companheiros, da ousadia, da certeza que tinham da impunidade em escala realmente continental. Em sua delação, diretores da Odebrecht confirmaram que a empreiteira transferiu irregularmente, pelo caixa dois, R$ 5,3 milhões para a campanha eleitoral do esquerdista Mauricio Funes (FMLN), o amigão de Lula que governou El Salvador entre 2009 e 2014. A reportagem está na edição deste sábado da http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/12/1838033-caixa-do-pt-bancou-aliado-em-el-salvador-diz-delacao.shtml.
Segundo a acusação, o dinheiro foi transferido por ordem de Lula e saiu da cota de propina que a empresa pagava ao PT. A então mulher de Funes, a brasileira e petista Vanda Pignato, teria feito a intermediação, e a grana chegou ao país em 2008 por intermédio de João Santana, que foi o marqueteiro da campanha de Funes, também a pedido do Babalorixá de Banânia.
Vocês certamente já ouviram falar que há quem aposte que Lula ainda optará pela “Saída Funes”. O que isso quer dizer: o ex-presidente salvadorenho simplesmente fugiu do país e pediu asilo à Nicarágua, do protoditador Daniel Ortega. Sabem o que o homem alega? Perseguição política! É que ele está sendo investigado no país por desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Lembram-se da famosa planilha da Odebrecht? Lá se encontra a seguinte anotação:
“POSICAO ITALIANO310712MO.xls
Evento El Salvador via Feira 5.300″
Tradução, segundo a PF:
Italiano = Antonio Palocci
Feira = João Santana
5.300 = R$ 5,3 milhões
Evento = campanha eleitoral
El Salvador = El Salvador
No discurso de posse, em junho de 2009, Funes afirmou que Lula era um exemplo a ser seguido. Nem diga! Pelo visto, seguiu mesmo. Agora é preciso ver se Lula verá em Funes um modelo. Com medo de ir em cana, o ex-presidente salvadorenho alegou perseguição política e deu no pé.
Eis a pátria da solidariedade latino-americana com a qual o chefão petista dizia sonhar.
03 de dezembro de 2016
Reinaldo Azevedo
Não que seja surpreendente, né?, mas, quando vem a confirmação, a gente se dá conta do desassombro dos companheiros, da ousadia, da certeza que tinham da impunidade em escala realmente continental. Em sua delação, diretores da Odebrecht confirmaram que a empreiteira transferiu irregularmente, pelo caixa dois, R$ 5,3 milhões para a campanha eleitoral do esquerdista Mauricio Funes (FMLN), o amigão de Lula que governou El Salvador entre 2009 e 2014. A reportagem está na edição deste sábado da http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/12/1838033-caixa-do-pt-bancou-aliado-em-el-salvador-diz-delacao.shtml.
Segundo a acusação, o dinheiro foi transferido por ordem de Lula e saiu da cota de propina que a empresa pagava ao PT. A então mulher de Funes, a brasileira e petista Vanda Pignato, teria feito a intermediação, e a grana chegou ao país em 2008 por intermédio de João Santana, que foi o marqueteiro da campanha de Funes, também a pedido do Babalorixá de Banânia.
Vocês certamente já ouviram falar que há quem aposte que Lula ainda optará pela “Saída Funes”. O que isso quer dizer: o ex-presidente salvadorenho simplesmente fugiu do país e pediu asilo à Nicarágua, do protoditador Daniel Ortega. Sabem o que o homem alega? Perseguição política! É que ele está sendo investigado no país por desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Lembram-se da famosa planilha da Odebrecht? Lá se encontra a seguinte anotação:
“POSICAO ITALIANO310712MO.xls
Evento El Salvador via Feira 5.300″
Tradução, segundo a PF:
Italiano = Antonio Palocci
Feira = João Santana
5.300 = R$ 5,3 milhões
Evento = campanha eleitoral
El Salvador = El Salvador
No discurso de posse, em junho de 2009, Funes afirmou que Lula era um exemplo a ser seguido. Nem diga! Pelo visto, seguiu mesmo. Agora é preciso ver se Lula verá em Funes um modelo. Com medo de ir em cana, o ex-presidente salvadorenho alegou perseguição política e deu no pé.
Eis a pátria da solidariedade latino-americana com a qual o chefão petista dizia sonhar.
03 de dezembro de 2016
Reinaldo Azevedo
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