"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 19 de novembro de 2016

SE DEPENDER DESSE GOVERNO, AS FERROVIAS ESTRATÉGICAS JAMAIS SAIRÃO DO PAPEL


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Moreira Franco é claramente contra criar novas ferrovias
Leiam as declarações estúpidas e estarrecedoras emitidas recentemente por “autoridades” do governo federal. A primeira é do secretário Moreira Franco, responsável pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Nesta quarta-feira, 16/11, por ocasião da renovação dos contratos de concessão dos portos de Paranaguá e Salvador por mais mais 25 anos (esse pacote de bondades faz sentido pois, afinal de contas, o Natal está ai). Moreira  disse textualmente à “Voz do Brasil” que “num país da extensão do nosso, a ferrovia JAMAIS será o modal em que as pessoas se movimentarão pelo Brasil, mas ela é indispensável, fundamental, para mobilidade da produção agrícola…”
Apelidado nos anos 1980 pelo então Governador Leonel Brizola de “Gato Angorá”, esse felino nunca deve ter viajado – ou ouvido falar – dos milhares de trens de passageiros que circulam pela Rússia, China, Canadá e EUA, para citar somente países de grandes dimensões territoriais, onde os trens de carga e passageiros convivem de forma harmoniosa. Só por aqui, esses idiotas planejam ferrovias somente para carga. Enquanto isso, nossas estradas vão matando um Vietnan por ano.
A outra pérola foi dita pelo seu secretário de coordenação do PPI, Tarcísio de Freitas ao Jornal Folha de S. Paulo em 9/11, sobre a Ferrovia Bioceânica: “Quem sabe em 2.450, depois do Armagedom”, ironizou. Com certeza esse pateta desconhece o Projeto do Eixo Capricórnio, elaborado às custas dos  BNDES em 2011, que prevê o uso da malha Sul para interligar os dois oceanos. É mais barato e de menor distância e tem pré-estudos confiáveis encomendado pelo BNDES. Ao que parece, esse denso estudo do Eixo Capricórnio nunca chegou à Brasília (os papéis foram para o lixo?).
Por essa duas declarações, vemos que esses homunculus publicus não estão muito comprometidos com as ferrovias de carga e, muito menos, com o transporte de passageiros em média e longa distância. Oremos, pois!
(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis Causanlihas. O autor Antonio Pastori é considerado um dos maiores especialistas do país em Engenharia Ferroviária)

19 de novembro de 2016
Antonio Pastori

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