ANCELMO ADVOGADOS RECEBEU R$ 35,8 MILHÕES DE DEZ EMPRESAS
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, apontou no pedido de prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) que o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama fluminense, teve um ‘crescimento vertiginoso’.
A ascensão da sra. Cabral, segundo a Procuradoria da República se deu durante os dois mandatos do marido Sérgio Cabral, entre 2007 e 2014.
A banca Ancelmo Advogados recebeu R$ 35.830.356,84 milhões de dez empresas.
Sérgio Cabral foi preso na Operação Calicute e na Operação Descobridor, desdobramentos da Lava Jato, nesta quinta-feira, 17. Contra o ex-governador foram expedidos dois mandados de prisão – um pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, e outro pelo juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba.
Adriana foi conduzida coercitivamente – quando o investigado é levado a depor e liberado.
No documento do Ministério Público Federal, a força-tarefa dos procuradores da República descrevem a ‘atuação da esposa de Sérgio Cabral, a advogada Adriana Ancelmo, a despertar ao menos suspeitas da prática de atos de ocultação de proveitos decorrentes da atividade criminosa do ex-governador’.
“O escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo teve um crescimento vertiginoso durante os dois mandatos de seu marido Sérgio Cabral”, afirma a força-tarefa.
Segundo a Procuradoria, ‘alguns pagamentos ao seu escritório chamam atenção’ por envolverem empresas suspeitas de lavar dinheiro para a organização criminosa, empresas concessionárias de serviços públicos e outras empresas que, ‘em razão das circunstâncias dos pagamentos ou do envolvimento em escândalos de corrupção anteriores, demandam aprofundamento das investigações’.
Na lista de suspeitas em operações de lavagem de dinheiro estão a Reginaves, que pagou R$ 1.133.200,00 ao Ancelmo Advogados, e o Hotel Portobello, que desembolsou R$ 844.650,00 com o escritório.
Nesta relação, a Procuradoria cita Carlos Bezerra e Carlos Miranda, supostos operadores de propina de Sérgio Cabral.
“Tais empresas também contratam empresas de membros da organização criminosa possivelmente utilizadas para lavagem de dinheiro, como a LRG de Carlos Miranda, a CSMB de Carlos Bezerra e a SCF de Sérgio Cabral”, afirma a força-tarefa.
No rol de empresas concessionárias de serviços públicos, a Procuradoria relacionou os seguintes pagamentos ao Ancelmo Advogados: R$ 1.950.790,96 pagos pelo Metrô Rio, R$ 865.653,53 desembolsados pela CEG; R$ 10.563.724,23 pagos pela OI/TELEMAR e R$ 3.598.825,28 pagos pela LIGHT.
“É de se notar que tais empresas eram concessionárias de serviços públicos para o Governo do Estado do Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral”, destaca o Ministério Público Federal.
De acordo com a força-tarefa, na lista de empresas que, em razão das circunstâncias dos pagamentos ou do envolvimento em escândalos de corrupção anteriores, demandam aprofundamento das investigações, estão o Banco Schahin, que pagou a Ancelmo Advogados R$ 726.565,64, a EBX Holding, R$ 1 milhão; a Braskem, R$ 2.121.763,94 e a Fecomercio-Rio, R$ 13.025.183,26.
“É de se notar que as circunstâncias de alguns pagamentos causam espécie como, por exemplo, um único pagamento pontual no valor de R$ 1 milhão feito em 4 de janeiro de 2013, pela EBX Holding, que possuía negócios no Estado do Rio de Janeiro que dependiam de licenças e autorizações do poder público fluminense. Também nesse grupo está o Banco Schahin e a Braskem, controlada pela Odebrecht, todas envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato”, relata a Calicute.
Para a Procuradoria, ‘chama a atenção o assombroso volume de recursos que a Fecomércio – Federação das Indústrias do Comércio do Rio de Janeiro passou a desembolsar para o escritório de Adriana Ancelmo, principalmente em 2015 e 2016’.
“Os valores pagos exclusivamente pela Fecomércio são superiores a soma de todos os clientes do escritório nos anos anteriores, sabendo que existe pedido de investigação do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, envolvendo a Fecomércio e a contratação de escritórios de advocacia”, destaca a força-tarefa. (AE)
19 de novembro de 2016
diário do poder
ASCENSÃO DE ADRIANA ANCELMO, SEGUNDO O MPF, SE DEU DURANTE OS DOIS MANDATOS DO EX-GOVERNADOR DO RIO, PRESO NA OPERAÇÃO CALICUTE (FOTO: VERA DONTATO/ESTADÃO) |
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, apontou no pedido de prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) que o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama fluminense, teve um ‘crescimento vertiginoso’.
A ascensão da sra. Cabral, segundo a Procuradoria da República se deu durante os dois mandatos do marido Sérgio Cabral, entre 2007 e 2014.
A banca Ancelmo Advogados recebeu R$ 35.830.356,84 milhões de dez empresas.
Sérgio Cabral foi preso na Operação Calicute e na Operação Descobridor, desdobramentos da Lava Jato, nesta quinta-feira, 17. Contra o ex-governador foram expedidos dois mandados de prisão – um pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, e outro pelo juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba.
Adriana foi conduzida coercitivamente – quando o investigado é levado a depor e liberado.
No documento do Ministério Público Federal, a força-tarefa dos procuradores da República descrevem a ‘atuação da esposa de Sérgio Cabral, a advogada Adriana Ancelmo, a despertar ao menos suspeitas da prática de atos de ocultação de proveitos decorrentes da atividade criminosa do ex-governador’.
“O escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo teve um crescimento vertiginoso durante os dois mandatos de seu marido Sérgio Cabral”, afirma a força-tarefa.
Segundo a Procuradoria, ‘alguns pagamentos ao seu escritório chamam atenção’ por envolverem empresas suspeitas de lavar dinheiro para a organização criminosa, empresas concessionárias de serviços públicos e outras empresas que, ‘em razão das circunstâncias dos pagamentos ou do envolvimento em escândalos de corrupção anteriores, demandam aprofundamento das investigações’.
Na lista de suspeitas em operações de lavagem de dinheiro estão a Reginaves, que pagou R$ 1.133.200,00 ao Ancelmo Advogados, e o Hotel Portobello, que desembolsou R$ 844.650,00 com o escritório.
Nesta relação, a Procuradoria cita Carlos Bezerra e Carlos Miranda, supostos operadores de propina de Sérgio Cabral.
“Tais empresas também contratam empresas de membros da organização criminosa possivelmente utilizadas para lavagem de dinheiro, como a LRG de Carlos Miranda, a CSMB de Carlos Bezerra e a SCF de Sérgio Cabral”, afirma a força-tarefa.
No rol de empresas concessionárias de serviços públicos, a Procuradoria relacionou os seguintes pagamentos ao Ancelmo Advogados: R$ 1.950.790,96 pagos pelo Metrô Rio, R$ 865.653,53 desembolsados pela CEG; R$ 10.563.724,23 pagos pela OI/TELEMAR e R$ 3.598.825,28 pagos pela LIGHT.
“É de se notar que tais empresas eram concessionárias de serviços públicos para o Governo do Estado do Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral”, destaca o Ministério Público Federal.
De acordo com a força-tarefa, na lista de empresas que, em razão das circunstâncias dos pagamentos ou do envolvimento em escândalos de corrupção anteriores, demandam aprofundamento das investigações, estão o Banco Schahin, que pagou a Ancelmo Advogados R$ 726.565,64, a EBX Holding, R$ 1 milhão; a Braskem, R$ 2.121.763,94 e a Fecomercio-Rio, R$ 13.025.183,26.
“É de se notar que as circunstâncias de alguns pagamentos causam espécie como, por exemplo, um único pagamento pontual no valor de R$ 1 milhão feito em 4 de janeiro de 2013, pela EBX Holding, que possuía negócios no Estado do Rio de Janeiro que dependiam de licenças e autorizações do poder público fluminense. Também nesse grupo está o Banco Schahin e a Braskem, controlada pela Odebrecht, todas envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato”, relata a Calicute.
Para a Procuradoria, ‘chama a atenção o assombroso volume de recursos que a Fecomércio – Federação das Indústrias do Comércio do Rio de Janeiro passou a desembolsar para o escritório de Adriana Ancelmo, principalmente em 2015 e 2016’.
“Os valores pagos exclusivamente pela Fecomércio são superiores a soma de todos os clientes do escritório nos anos anteriores, sabendo que existe pedido de investigação do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, envolvendo a Fecomércio e a contratação de escritórios de advocacia”, destaca a força-tarefa. (AE)
19 de novembro de 2016
diário do poder
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