A prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral provocou no Palácio do Planalto a sensação de que a Lava Jato agora mira no PMDB e pode chegar muito perto de auxiliares do presidente Michel Temer. O receio do governo é mais com o que está por vir – na esteira da delação do empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 em Curitiba – do que com o que foi revelado até hoje pelos investigadores.
No Planalto, a avaliação é de que o PMDB virou a bola da vez da Lava Jato, depois do PT. A preocupação agora é com um possível ambiente de instabilidade política, que tende a prejudicar negócios, afugentar investimentos e a afetar ainda mais a recuperação da economia.
Embora Cabral não seja próximo de Temer, sempre foi um nome de peso no PMDB e, no passado, chegou a ser mencionado como possível candidato a presidente da República. Causa apreensão no Planalto, ainda, a ligação do ex-governador com o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, e também com Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio e pai do ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – E o que os caciques do PMDB estavam esperando? É claro que a Lava Jato logo iria bater às portas do PMDB. Só começou pelo PT porque era o partido que estava no poder e comandava a Petrobras, diretamente. O PP entrou junto com o PT, porque eram parceiros no butim. A Lava Jato já começa a fuçar também o PSDB e outros partidos. É justamente por isso que há tantos políticos, de tantos partidos, interessados em consolidar a chamada Operação Abafa, que tem total apoio do PMDB. (C.N.)]
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – E o que os caciques do PMDB estavam esperando? É claro que a Lava Jato logo iria bater às portas do PMDB. Só começou pelo PT porque era o partido que estava no poder e comandava a Petrobras, diretamente. O PP entrou junto com o PT, porque eram parceiros no butim. A Lava Jato já começa a fuçar também o PSDB e outros partidos. É justamente por isso que há tantos políticos, de tantos partidos, interessados em consolidar a chamada Operação Abafa, que tem total apoio do PMDB. (C.N.)]
19 de novembro de 2016
Vera Rosa e Tânia Monteiro
Estadão
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