"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

"HÁ MAIS COISAS ENTRE O CÉU E A TERRA, DO QUE SONHA A NOSSA VÃ FILOSOFIA."

ENCOLHIMENTO
LICENÇA DE RENAN EVIDENCIARIA NANISMO POLÍTICO APÓS 2016
COM LICENÇA, SENADOR LARGARIA PODER QUE LHE RESTA EM BRASÍLIA

HÁ POUQUÍSSIMAS CHANCES DO AFASTAMENTO VOLUNTÁRIO, DIANTE DA NECESSIDADE DE O ALAGOANO ATUAR NACIONALMENTE (FOTO: JONAS PEREIRA)

Será uma confissão de encolhimento político, se o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) realmente tirar licença em 2017, para se dedicar à reconfiguração de suas bases em Alagoas, após sua saída da Presidência do Senado. A tese ganhou força na última semana, mas não representa um futuro provável, dentro da perspectiva do senador alagoano de cultivar o poder que lhe resta em Brasília, mesmo sob a ameaça de não se reeleger em 2018.

A especulação de que a licença serviria para Renan fugir da mídia, diante do cerco da Operação Lava Jato, também causou estranhamento em aliados bem próximos do senador. Para eles, há pouquíssimas chances do afastamento voluntário, diante da necessidade de o alagoano atuar nacionalmente, no PMDB e na base do presidente Michel Temer, mesmo fora da Presidência do Senado.

“Não existe expectativa nenhuma nesse sentido. Pelo tamanho dele lá em Brasília, independente de qualquer coisa, ele é uma figura que é muito difícil de se licenciar. E também pela importância dele dentro do PMDB, isso é uma coisa meio sem lógica”, disse um integrante da cúpula do PMDB de Alagoas ao Diário do Poder.


FÁBIO FARIAS: SECRETÁRIO E SUPLENTE (DIVULGAÇÃO)SUPLENTE ZERO KM

O suplente de Renan, Fábio Farias, jamais preciso assumir o mandato para que o senador tirasse licença para articular suas bases eleitorais de Alagoas, muito menos para que o titular do cargo fugisse de escândalos.
Diante de tantas perspectivas, não há entusiasmo algum do suplente de Renan, Fábio Farias, em substituir seu chefe. Braço direito do cacique político alagoano durante grande parte das duas décadas de Renan no Senado, Farias é secretário-chefe do Gabinete Civil de Renan Filho. E estaria cansado e bastante seletivo, quanto ao seu próprio futuro.

Realmente, inspira cuidados o cenário atual de desgaste político e cerco da Justiça, com 12 investigações tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) e derrotas vexatórias de seus candidatos nos maiores colégios eleitorais alagoanos. Mas o senador não admitiria, para seus aliados e eleitorado, que vive um momento de sufoco diante do qual seria necessário parar tudo para se esconder do noticiário e para cuidar de estratégias, a fim de garantir sua reeleição e a renovação do mandato do governador Renan Filho (PMDB), seu herdeiro político.

Como sempre faz, sem necessitar de licença, Renan aproveitará o período do natal deste ano ao carnaval de 2017 para reabrir sua casa de praia na Barra de São Miguel-AL a prefeitos e vereadores. Talvez, porém, não encontrará as mesmas lideranças que costumavam lhe beijar a mão.


Porém, a licença de Renan não é a única a alternativa que pode alçar Fábio Farias ao Senado Federal. Afinal, o Judiciário, os movimentos de rua e a opinião pública estão no encalço de Renan, que pode lhe render uma “licença” nada confortável, em uma reclusão involuntária e longe da Barra de São Miguel.



17 de novembro de 2017
Davi Soares
diário do poder

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