"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 27 de novembro de 2016

EX-DIRETOR DA PETROBRAS DIZIA A YOUSSEF QUE ERA O PLANALTO QUE RESOLVIA O ESQUEMA


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Youssef explicou como funcionava o esquema das propinas
O doleiro Alberto Youssef afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, em audiência na sexta-feira (24/11), do processo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa dizia aos membros do PP que buscassem o Planalto para resolverem sobre repasses das propinas do esquema investigado pela Operação Lava-Jato.
“O Paulo Roberto, por iniciativa dele, junto com o Fernando (Baiano) Soares procurou alguns membro do PMDB e acabou se aliando, fez essa composição. Mas o Partido Progressista nunca gostou disso, sempre foi motivo de discussão no Palácio do Planalto para que isso não acontecesse”, afirmou Youssef, um dos primeiros delatores da Lava-Jato, junto com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Costa e Youssef eram ligados ao PP, no início do esquema de corrupção na Petrobras, a partir de 2004, alvo da Lava-Jato. Em 2006, o ex-diretor ficou doente e quase perdeu o cargo para um subalterno que buscou apoio do PMDB.
PP FEZ PÉ FIRME – “Foi feito um trabalho para que ele (Costa) perdesse a cadeira dele, em 2006. O PP (que havia indicado o diretor, em 2004) bateu firme o pé e conseguiu manter o Paulo Roberto na diretoria Mas ficou aquele ranço do PMDB com o PP”, contou o doleiro, arrolado como testemunha de acusação no processo contra Lula.
Foi em 2006 que Paulo Roberto Costa teria buscado o apoio do PMDB, via Fernando Baiano, lobista do partido. No acerto com o PMDB, eles passariam a ter direito a uma cota da propina arrecadada nos contratos da Diretoria de Abastecimento, que antes eram destinados integralmente ao PP.
“Como assim motivou de discussão no Palácio do Planalto?”, questionou Moro. “Muitas vezes o Paulo Roberto Costa deixava de passar receita para o partido, e os políticos reclamavam e o Paulo falava conversa lá no Planalto, se eu receber algum sinal de fumaça, qualquer coisa nesse sentido, eu faço o que eles me mandarem”, explicou Youssef.
Moro perguntou se Costa fazia essa afirmação. “Várias vezes”, respondeu. “Fazia para o senhor, ou para outras pessoas?”, prosseguiu Moro. “Fazia para mim, junto com o líderes do partido”, completou o doleiro.
NULIDADE – Como fez com as outras 10 testemunhas convocadas para o processo contra Lula pelos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato, a defesa do ex-presidente tentou invalidar o depoimento de Youssef, alegando que ele é suspeito, por seu um delator, em busca de manter seus benefícios. Moro negou o pedido e ouviu o doleiro.
Segundo a defesa, “as 11 testemunhas do MPF isentaram Lula e sua esposa Marisa Leticia da prática dos crimes imputados na denúncia, e, mais do que isso, revelaram que o foco de corrupção alvo da Lava-Jato está restrito a alguns agentes públicos e privados, que atuavam de forma independente, regidos pela dinâmica de seus próprios interesses, e alheios à Presidência da República”.
De acordo com a defesa de Lula, ficou “igualmente claro” o “desconhecimento” dessas testemunhas sobre a relação de Lula com o triplex do Guarujá. “Como sempre afirmamos, o ex-Presidente não tem a posse e muito menos a propriedade desse imóvel.”
CORRUPÇÃO RESTRITA – Para os advogados, os depoimentos recolocam em outro plano os resultados obtidos pela Lava-Jato. “O foco de corrupção está restrito a algumas empresas privadas, alguns dirigentes da Petrobras e, ainda, alguns agentes políticos. Esse foco de corrupção era hermético e atuava, fundamentalmente, dentro da variação de preço (‘range’) aprovada pela Diretoria de Petrobras, baseada em parâmetros internacionais, o que lhe conferia aura de aparente normalidade”, salientaram. “Por isso mesmo, esse foco de corrupção não foi identificado por qualquer órgão de controle interno (auditoria interna, Conselho Fiscal, dentre outros) ou externo (auditoria externa, CGU, TCU) da Petrobras, como também reconheceram algumas das testemunhas ouvidas.”
Segundo a defesa do ex-presidente da República, “concluir que Lula era o centro desse processo, como fez o MPF, só pode ser ato de voluntarismo maldoso, sem qualquer lastro de veracidade, o que se insere nas práticas de lawfare – que é o uso da lei e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política”. “Não havia qualquer lastro probatório mínimo para a abertura dessa ação penal contra Lula e sua esposa, muito menos com o alarde feito pelo MPF – que usou de um reprovável PowerPoint em rede nacional. Nesta etapa processual, já é possível antever que o único resultado legítimo desse processo é a absolvição de ambos.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Sonhar não é proibido. Os advogados de Lula agora podem sonhar à vontade, porque o resultado final será um pesadelo horrível. As provas contra Lula e dois de seus filhos estão se avolumando. A solução é pedir asilo ao Uruguai, para onde já se mudou o filho mais novo, Luís Cláudio, envolvido até o pescoço na Operação Zelotes(C.N.)


27 de novembro de 2016
Deu no Correio Braziliense

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