"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 27 de novembro de 2016

ASSESSOR QUE AJUDOU GEDDEL TEVE APOIO DE EDUARDO CUNHA PARA ACUMULAR CARGOS


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Rocha também integra o Conselho Nacional do MP
O advogado Gustavo do Vale Rocha já defendeu na Justiça o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso em Curitiba por causa da Lava Jato, e foi apoiado pelo ex-parlamentar para uma vaga de conselheiro no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Rocha ocupa o cargo desde 2015 no conselho. O advogado havia atuado em favor de Geddel Vieira Lima na Justiça Eleitoral, em representações variadas, até 2014. Ele atuava pelo PMDB da Bahia e também pelo candidato. Procurado pela Folha (25), Geddel afirmou, por escrito, que Rocha “era advogado do PMDB nacional em causas eleitorais”.
O advogado também foi personagem na saída do então ministro da AGU (Advocacia Geral da União), Fabio Osório Medina, em setembro. Ao sair, o então ministro afirmou que era alvo de fogo amigo na Casa Civil, que teria vindo de Rocha.
Rocha é alvo de críticas nos bastidores do Judiciário por acumular o cargo da assessoria jurídica do governo federal com a cadeira que tem no CNMP, órgão de controle externo do Ministério Público. À Folha ele afirmou que o CNMP decidiu “por unanimidade, pela compatibilidade entre as duas funções, bem como pelo Ministério Público Federal”.
RECONDUÇÃO – Gustavo já trabalha por sua recondução no conselho e apoia seu adjunto na Casa Civil, Felipe Cascaes, a uma vaga do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ao justificar sua atuação como advogado de Geddel, Eduardo Cunha e do PMDB em alguns casos na Justiça Eleitoral, ele disse que, ao longo de quase 20 anos, “atuou para centenas de clientes, sempre pautado pela ética e pelo profissionalismo”. Na sabatina no Senado que aprovou seu nome para o CNMP, ele chegou a ser indagado sobre a defesa que fazia por Eduardo Cunha.
“Afirmo que as colocações envolvendo o meu nome podem estar vinculadas às disputas no CNMP e no CNJ, nas quais não interferi, e não interferirei no processo, por razões já explicadas anteriormente”, disse em nota à reportagem.
Ele negou estar fazendo pressão por algum candidato a uma vaga no CNJ. Sobre sua recondução à CNMP, disse que seu mandato vai até junho de 2017.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Diz o velho ditado: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Agora, quem entra na alça de mira da imprensa é o advogado preferido de Eduardo Cunha, Romero Jucá, Renan Calheiros, Eliseu Padilha e… Geddel Vieira Lima. Assim que Padilha for removido da Casa Civil, Gustavo Rocha e o secretário de Imprensa, Márcio de Freitas Gomes, irão no mesmo barco.(C.N.)


27 de novembro de 2016
Camila Mattoso e Rubens Valente
Folha

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