Sem seu coordenador político Geddel Vieira Lima, que foi forçado a deixar o cargo, o presidente Michel Temer já assumiu a função, e vai, pessoalmente, cuidar das negociações com o Congresso até encontrar um sucessor para a Secretaria de Governo. Temer já marcou, inclusive, reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários para a próxima segunda-feira. Está prevista para terça no Senado, a votação da proposta de emenda constitucional que trata do limite de gastos da União. Na Câmara, deve ser votado o projeto das medidas contra a corrupção.
Em conversa com Temer, o líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF) apoiou o movimento do presidente de assumir, neste momento, a coordenação política, enquanto define com tranquilidade o nome que irá substituir o ministro Geddel Vieira Lima. Temer está viajando hoje de São Paulo a Brasília.
O presidente está analisando nomes e encontra dificuldades porque tem que conseguir alguém com trânsito entre os parlamentares, mas sem o risco de ser alvo das revelações da delação da Odebrecht, na Lava-Jato.
Sexta-feira, em São Paulo, o presidente esteve com o Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e com Rosso.
EXPERIÊNCIA ESPECÍFICA – Em abril do ano passado, como uma alternativa para ajudar na relação desgastada entre Dilma Rousseff e o Congresso, Temer assumiu a coordenação política do governo. Ficou no cargo até agosto. Temer que já foi deputado e duas vezes presidiu a Câmara, transita bem pelas duas Casas do Congresso. No Senado, a votação da PEC que limita o teto de gastos está prevista para esta semana.
Nos bastidores, Temer foi aconselhado a escolher um nome entre os deputados que pudesse inclusive pacificar a disputa em torno da sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara. Entre os nomes citados estão o de Rosso e do também candidato do centrão, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). Rosso disse que não houve convite.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem necessita de tradução simultânea. Temer vai esperar a divulgação da lista definitiva da Odebrecht, que já começou a “vazar” para a imprensa, com a divulgação dos nomes de Geral Alckmin, José Serra e Aécio Neves. Temer quer escolher um político que seja menos vulnerável à Lava Jato, e isso é muito difícil. De toda forma, antes só do que mal acompanhado. Temer não é nenhuma Brastemp, mas está no cargo e tem de trabalhar contra a crise ou pedir o boné. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem necessita de tradução simultânea. Temer vai esperar a divulgação da lista definitiva da Odebrecht, que já começou a “vazar” para a imprensa, com a divulgação dos nomes de Geral Alckmin, José Serra e Aécio Neves. Temer quer escolher um político que seja menos vulnerável à Lava Jato, e isso é muito difícil. De toda forma, antes só do que mal acompanhado. Temer não é nenhuma Brastemp, mas está no cargo e tem de trabalhar contra a crise ou pedir o boné. (C.N.)
27 de novembro de 2016
Isabel Braga
O Globo
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