Fernando Henrique Cardoso diz estar preocupado com o que ele chama de onda de direita no país. Do ponto de vista dele, faz sentido essa preocupação, embora ela contenha uma imprecisão: não existe onda de direita, pois onda é coisa passageira e fugaz. O que existe no país é o renascimento consistente e irreversível, ainda que tímido e desorganizado, de uma direita ancorada nos valores conservadores que a maioria dos brasileiros de bem sempre abraçaram. O velho líder tucano nunca fez parte dessa maioria. Ele faz parte da minoria de esquerda, que ascendeu ao poder por exercer hegemonia.
O socialista da velha estirpe, amigo do genocida Fidel Castro, pai e avô e de todos os movimentos socialistas e comunistas no país nas últimas três décadas, incluindo o petismo de seu amigo Lula, para quem ele preparou o caminho para a chegada ao poder e a quem sempre blindou, tem razões para estar preocupado: a direita está sim renascendo no país, e está quebrando a hegemonia esquerdista que ele ajudou a construir. Essa quebra de hegemonia esquerdista irá prosseguir, pois corresponde aos anseios da maioria dos brasileiros. E não serão as lamentações do príncipe dos sociólogos brasileiros que irão reverter isso.
16 de outubro de 2016
crítica nacional
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