Nesta quinta-feira (14), a Banco Central informou que, em maio, a economia brasileira voltou ao vermelho, com queda de 0,51%, na comparação com abril. O resultado é muito pior que o esperado, apontando que o cenário de recessão ainda não havia dado sinais consistentes de recuperação.
Na verdade, os esparsos suspiros de uma economia em crise refletiram o otimismo da sociedade diante da possibilidade de se livrar do governo bandoleiro e incompetente de Dilma Vana Rousseff, que continua insistindo na tese de que é vítima de um golpe.
De acordo com dados dessazonalizados, na comparação com um ano antes, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou queda de 5,32%.
Em abril, o IBC-Br mostrou tímido avanço de 0,07 % na comparação com o mês anterior, número revisado pelo Banco Central, que antes mostrou leve crescimento de 0,03% e interrompeu quinze meses consecutivos na seara negativa.
No acumulado em 12 meses, a retração do IBC-Br ficou, em maio, 5,51%, sempre em números dessazonalizados. No quinto mês do ano, os principais setores da atividade econômica do País ainda davam sinais de fraqueza. A produção industrial ficou estável ante abril, resultado melhor do que o esperado, mas que interrompeu dois meses seguidos de alta.
Contudo, o varejo obteve seu pior desempenho histórico para maio, com queda de 1% sobre abril, enquanto o setor de serviços ficou praticamente estável no período.
Apesar dos sinais ainda não estarem apontando de maneira consistente para a chegada ao fundo do poço, economistas têm sucessivamente melhorado suas projeções para o tombo da economia em 2016.
Na pesquisa semanal do BC, publicada na mais recente edição do Boletim Focus, a perspectiva de queda do PIB neste ano passou a ser de 3,3%, contra 3,7% no início de junho.
É importante ressaltar que os atuais números da economia ainda refletem a lambança promovida pela presidente afastada na condução da política econômica, sem contar a crise político-institucional que tornou-se mais acirrada na esteira dos escândalos de corrupção.
Qualquer medida adotada pelo governo interino de Michel Temer só surtirá efeito concreto – positivo ou negativo – em prazo mínimo de seis meses, ou seja, a gestão peemedebista precisa torcer para que a partir de outubro a economia comece a dar sinais de possibilidade de recuperação.
Se nada disso acontecer, o governo Temer terá de se mexer para manter a ideia da “ponte para o futuro”. Do contrário, o País terá o que popularmente conhece-se como “mais do mesmo”.
15 de julho de 2016
ucho.info
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