O EX-MINISTRO DE DILMA FOI PRESO PELA PF NA ÚLTIMA QUINTA-FEIRA
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli atendeu o pedido de defesa do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e revogou a prisão do petista nesta quarta-feira (29). O ex-ministro nos governos Lula e Dilma, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), foi preso na semana passada pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato.
No despacho, Toffoli afirmou que houve um "flagrantes constrangimento ilegal" na prisão do ex-ministro. Na visão do magistrado, a decisão do juiz federal de primeira instância de mandar prender o petista se baseia, "de modo frágil", na conclusão pessoal de que, em razão de ser ex-ministro e ter ligação com outros investigados e com a empresa suspeita de ter cometido as irregularidades, Paulo Bernardo "poderia interferir na produção de provas".
Toffoli ressaltou na decisão que o magistrado da Justiça Federal de São Paulo não indicou no mandado de prisão "um único elemento fático concreto que pudesse amparar essa ilação".
Segundo a PF e o Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro foi um dos principais beneficiados do esquema de propina que teria desviado R$ 100 milhões dos funcionários públicos federais que fizeram empréstimos consignados.
Bernardo foi preso na quinta-feira passada (23), na Asa Sul, em Brasília, no apartamento funcional da mulher, Gleisi. O imóvel do casal, em Curitiba, também foi alvo de busca e apreensão e o diretório nacional do PT, em São Paulo, foi vasculhado.
O Grupo Consist – empresa contratada pelo Ministério do Planejamento na gestão de Paulo Bernardo para operar os empréstimos consignados a funcionários públicos – cobrava mais do que deveria e repassava 70% do seu faturamento para o PT e para políticos. A propina paga entre 2009 e 2015 teria chegado a cerca de R$ 100 milhões.
Com a decisão, a Justiça de São Paulo deve tomar medidas cautelares contra o ex-ministro.
29 de junho de 2016
Elijonas Maia
diário do poder
O EX-MINISTRO DE LULA E DILMA FOI PRESO NA SEMANA PASSADA PELA OPERAÇÃO CUSTO BRASIL (FOTO: DIDA SAMPAIO/AE) |
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli atendeu o pedido de defesa do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e revogou a prisão do petista nesta quarta-feira (29). O ex-ministro nos governos Lula e Dilma, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), foi preso na semana passada pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato.
No despacho, Toffoli afirmou que houve um "flagrantes constrangimento ilegal" na prisão do ex-ministro. Na visão do magistrado, a decisão do juiz federal de primeira instância de mandar prender o petista se baseia, "de modo frágil", na conclusão pessoal de que, em razão de ser ex-ministro e ter ligação com outros investigados e com a empresa suspeita de ter cometido as irregularidades, Paulo Bernardo "poderia interferir na produção de provas".
Toffoli ressaltou na decisão que o magistrado da Justiça Federal de São Paulo não indicou no mandado de prisão "um único elemento fático concreto que pudesse amparar essa ilação".
Segundo a PF e o Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro foi um dos principais beneficiados do esquema de propina que teria desviado R$ 100 milhões dos funcionários públicos federais que fizeram empréstimos consignados.
Bernardo foi preso na quinta-feira passada (23), na Asa Sul, em Brasília, no apartamento funcional da mulher, Gleisi. O imóvel do casal, em Curitiba, também foi alvo de busca e apreensão e o diretório nacional do PT, em São Paulo, foi vasculhado.
O Grupo Consist – empresa contratada pelo Ministério do Planejamento na gestão de Paulo Bernardo para operar os empréstimos consignados a funcionários públicos – cobrava mais do que deveria e repassava 70% do seu faturamento para o PT e para políticos. A propina paga entre 2009 e 2015 teria chegado a cerca de R$ 100 milhões.
Com a decisão, a Justiça de São Paulo deve tomar medidas cautelares contra o ex-ministro.
29 de junho de 2016
Elijonas Maia
diário do poder
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