"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 18 de junho de 2016

BASE AÉREA NÃO TEM MAIS REGISTROS DE 2012, MAS ISSO NÃO MUDA NADA PARA TEMER



Base aérea só mantem os registros durante dois anos

















Depois que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou, em delação premiada, que encontrou o presidente interino Michel Temer na Base Aérea de Brasília, “provavelmente” em setembro de 2012, a Força Aérea Brasíleira (FAB) afirmou, nesta quinta-feira, não ter registros de entrada e saída do local relativos ao ano citado.
Segundo Machado, Temer teria pedido, nesse encontro, dinheiro para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo. O ex-presidente da Transpetro disse que conseguiu R$ 1,5 milhão através de doação oficial da construtora Queiroz Galvão, via diretório nacional do PMDB. Machado classificou o dinheiro como propina e disse que o pedido foi feito pessoalmente pelo presidente, em setembro, numa reunião de 15 a 20 minutos na sala na Base Aérea de Brasília. Temer nem chegou a perguntar qual seria a empresa doadora. Foi avisado depois do suposto encontro na Base Aérea a respeito da origem do dinheiro.
DIZ A FAB – “Com relação aos seus questionamentos, informamos que a Base Aérea de Brasília não dispõe dos registros relativos ao ano de 2012”, afirmou a FAB, em resposta encaminhada pela assessoria de imprensa. Ainda de acordo com a assessoria, só há registros dos últimos dois anos.
Segundo a instituição, os documentos sobre o entra-e-sai no local são guardados por no máximo dois anos. Além disso, esses registros são manuais e, mesmo que existissem, poderiam não informar os nomes dos visitantes à Base Aérea, ainda conforme a Aeronáutica. São permitidos acessos dos carros oficiais e de autoridades sem necessariamente identificá-las na entrada. Muitas vezes, apenas o responsável — o motorista, por exemplo — é identificado.
— Dentro do mundo político, todo mundo sabe da origem, mas eu nunca falei. Posso imaginar que eles sabiam de onde vinham. As empresas que contribuem são as mesmas. Elas não têm nenhum interesse partidário. Dão em função de contratos e vantagens que estão esperando receber — disse Sérgio Machado no depoimento aos procuradores.
Os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a Queiroz Galvão fez uma transferência eletrônica de R$ 1,5 milhão à Direção Nacional do PMDB em 28 de setembro de 2012. No mesmo dia, o diretório transferiu R$ 1 milhão — também por via eletrônica — para a campanha de Chalita, segundo os registros do TSE. Foi o último repasse do diretório para Chalita naquela campanha. Ao todo, as transferências do PMDB nacional somaram R$ 9,8 milhões.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
A falta de registro não muda nada em relação à denúncia contra Temer. Houve uma doação oficial ao PMDB. E daí? Doação oficial não é propina. Não existe juiz ou tribunal que aceite essa denúncia de Sérgio Machado. Se a oposição depende desse tipo de denúncia para derrubar o presidente Temer, ele nem precisa tomar tarja preta para dormir. O problema dele é a economia, estúpido! (C.N.).


18 de junho de 2016
Fernanda Krakovics e Vinicius Sassine
O Globo

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