Temer cansou e enfim resolveu depurar seu MinistérioNesta sexta-feira, no Jaburu, o presidente Michel Temer discutiu com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o ex-ministro Romero Jucá (Planejamento) os desdobramentos das delações que envolvem políticos.
A demissão de Henrique Alves (PMDB-RN), amigo do presidente interino, do Ministério do Turismo foi o ápice para que Temer pedisse que Padilha e Jucá agissem.
Segundo auxiliares presidenciais, ele quer evitar novas baixas por conta de potenciais escândalos.
Na reunião desta sexta, os peemedebistas demonstraram preocupação com a delação de Fábio Cleto, que acabou atingindo Alves e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha.
Segundo um integrante do governo, há citação ao ministro Geddel Viera Lima (Secretaria de Governo).
O temor do presidente interino é que a imagem do governo seja contaminada definitivamente pela operação.
O curioso é que Temer tratou da questão justamente com o ex-ministro Jucá, investigado pela Lava-Jato e afastado do Planejamento após divulgação de gravação feita por Machado, na qual propunha “estancar a sangria” da Lava-Jato. O próprio Temer foi citado na delação de Machado, que afirmou que o agora presidente interino lhe pediu uma doação para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.
A ideia de Temer é que todos os seus principais auxiliares façam um “exame de consciência”.
PEDIR PARA SAIR – um interlocutor do Planalto revelou que a prioridade zero do presidente é impedir que a Lava-Jato chegue ao governo. Ao Palácio do Planalto, então, nem se fala. A diretriz dada na reunião foi a de quem tiver qualquer envolvimento peça para sair. Se não sair, será saído.
Durante a reunião, os ministros e Temer avaliaram que não foram só as “pedaladas” fiscais que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff mas, sobretudo, o fato de as investigações terem chegado ao Planalto, afetando os ex-ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Casa Civil).
Segundo este interlocutor, o Planalto avalia que houve desgaste com a queda de três ministros em pouco mais de um mês de governo — Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), e Henrique Alves (Turismo) — mas que ainda é possível estancar a crise.
MINISTÉRIO SUPÉRFLUO – Nesta reunião, Temer discutiu a situação do Ministério do Turismo. Falou na possibilidade, inclusive, de extinguir a pasta. Caso resolva manter o ministério, o presidente interino quer que seja um nome reconhecido pelo setor. Mas é preciso, também, deixar a pasta como uma espécie de reserva aos peemedebistas da Câmara, caso Temer enfrente turbulências com deputados de seu partido.
Seja qual for a solução, Temer avalia que não pode passar da semana que vem, já que esta é uma área fundamental durante a Olimpíada do Rio, cuja abertura será no dia 5 de agosto.
— É muito difícil arrumar um ministro que não dê problema — reconhece um interlocutor de Temer.
Um assessor lembra que, quando montava o governo, estava previsto o fim do Ministério do Turismo, mas na época Temer precisava de um lugar para alojar Henrique Alves, seu amigo e aliado histórico.
18 de junho de 2016
André de Souza
O curioso é que Temer tratou da questão justamente com o ex-ministro Jucá, investigado pela Lava-Jato e afastado do Planejamento após divulgação de gravação feita por Machado, na qual propunha “estancar a sangria” da Lava-Jato. O próprio Temer foi citado na delação de Machado, que afirmou que o agora presidente interino lhe pediu uma doação para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.
A ideia de Temer é que todos os seus principais auxiliares façam um “exame de consciência”.
PEDIR PARA SAIR – um interlocutor do Planalto revelou que a prioridade zero do presidente é impedir que a Lava-Jato chegue ao governo. Ao Palácio do Planalto, então, nem se fala. A diretriz dada na reunião foi a de quem tiver qualquer envolvimento peça para sair. Se não sair, será saído.
Durante a reunião, os ministros e Temer avaliaram que não foram só as “pedaladas” fiscais que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff mas, sobretudo, o fato de as investigações terem chegado ao Planalto, afetando os ex-ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Casa Civil).
Segundo este interlocutor, o Planalto avalia que houve desgaste com a queda de três ministros em pouco mais de um mês de governo — Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), e Henrique Alves (Turismo) — mas que ainda é possível estancar a crise.
MINISTÉRIO SUPÉRFLUO – Nesta reunião, Temer discutiu a situação do Ministério do Turismo. Falou na possibilidade, inclusive, de extinguir a pasta. Caso resolva manter o ministério, o presidente interino quer que seja um nome reconhecido pelo setor. Mas é preciso, também, deixar a pasta como uma espécie de reserva aos peemedebistas da Câmara, caso Temer enfrente turbulências com deputados de seu partido.
Seja qual for a solução, Temer avalia que não pode passar da semana que vem, já que esta é uma área fundamental durante a Olimpíada do Rio, cuja abertura será no dia 5 de agosto.
— É muito difícil arrumar um ministro que não dê problema — reconhece um interlocutor de Temer.
Um assessor lembra que, quando montava o governo, estava previsto o fim do Ministério do Turismo, mas na época Temer precisava de um lugar para alojar Henrique Alves, seu amigo e aliado histórico.
18 de junho de 2016
André de Souza
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