Quem me enviou a matéria abaixo, fez a seguinte observação a respeito dela:
“Que coisa vergonhosa! O “defeito” dela é ser correta e ter cumprido fielmente seu dever como Corregedora! O pior de tudo é que fica a advertência: Quem almejar a presidência do Superior Tribunal de Justiça deve ser conivente. Antigamente isso era conhecido como máfia, camorra, quadrilha ou bando.”
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EM MEIO A DESGASTES, MINISTRA DESISTE DE CONCORRER À PRESIDÊNCIA DO STJ
EM MEIO A DESGASTES, MINISTRA DESISTE DE CONCORRER À PRESIDÊNCIA DO STJ
A ministra Nancy Andrighi enviou nesta sexta-feira (6) uma carta aos colegas do STJ (Superior Tribunal de Justiça) informando que abrirá mão de concorrer à presidência do Tribunal.
Pela tradição da corte, Nancy Andrighi seria a próxima presidente do STJ, seguindo a ordem de antiguidade. A ministra também seria a primeira mulher a comandar a corte.
Pela tradição da corte, Nancy Andrighi seria a próxima presidente do STJ, seguindo a ordem de antiguidade. A ministra também seria a primeira mulher a comandar a corte.
A troca no comando do STJ está prevista para setembro, quando acaba a gestão do ministro Francisco Falcão. A eleição para o novo presidente deve acontecer até o dia 30 de junho.
Concorreria ao cargo com Andrighi, a ministra Laurita Vaz. Na sequência da antiguidade estão os ministros João Otávio de Noronha, Humberto Martins e Maria Thereza de Assis Moura.
DESGASTES INTERNOS
Nos bastidores, ministros apontam desgastes internos como o motivo da desistência da ministra, que é a atual corregedora Nacional de Justiça.
De acordo com integrantes do tribunal, diante de indicações de que poderia não ser eleita, mesmo com a tradição da antiguidade, Andrighi teria preferido deixar a disputa.
De acordo com integrantes do tribunal, diante de indicações de que poderia não ser eleita, mesmo com a tradição da antiguidade, Andrighi teria preferido deixar a disputa.
A ministra foi alvo de críticas por declarações recentes à Folha em reportagem mostrando que dez ministros possuem parentes advogando na corte.
Ela disse que essa é “uma das mais nocivas práticas existentes no Poder Judiciário brasileiro”.
Ela disse que essa é “uma das mais nocivas práticas existentes no Poder Judiciário brasileiro”.
INCÔMODOS…
Também gerou incômodo a decisão da ministra de avaliar a abertura de procedimento administrativo disciplinar contra o ministro Marcelo Navarro, que foi citado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-SP), como sendo uma nomeação do governo Dilma para interferir nas investigações da Lava Jato em favor de empreiteiros presos.
A ministra Nancy Andrighi também determinou a abertura de procedimento contra o colega Benedito Gonçalves para investigar suas relações com o empreiteiro Léo Pinheiro, dono da OAS e condenado na Lava Jato.
DEVOÇÃO À JUSTIÇA
Sem deixar expresso que deixará a disputa, a ministra indica que, ao fim de seu mandato na Corregedoria Nacional de Justiça, voltará a julgar processos e não participará da administração do tribunal.
Ela aponta ainda que não teria apego à presidência do tribunal.
Ela aponta ainda que não teria apego à presidência do tribunal.
“Sempre tive e tenho absoluta devoção e me sinto realizada na atividade de estudar e julgar, por isso, decidi retornar à jurisdição”, disse.
“Para que, sobre a minha escolha, não paire dúvidas para os Estimados Colegas, afirmo-lhes, não há motivo de doença, nem receio de gestão ou qualquer outro que possam buscar, todos serão pura imaginação ou especulação. Tenham, sempre, a mais absoluta certeza, essa escolha tem fundamento exclusivo, na minha incondicional devoção pela jurisdição, muito mais do que ao apego à inegável honraria de ser presidente do Superior Tribunal de Justiça”, completou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Quando afirmamos aqui na Tribuna da Internet que a Justiça está apodrecida, sempre há quem diga que exageramos.
O caso da ministra Nancy Andrighi mostra a que ponto chegamos. Mas temos de confiar na Justiça, caso contrário não há esperança de mais nada. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Quando afirmamos aqui na Tribuna da Internet que a Justiça está apodrecida, sempre há quem diga que exageramos.
O caso da ministra Nancy Andrighi mostra a que ponto chegamos. Mas temos de confiar na Justiça, caso contrário não há esperança de mais nada. (C.N.)
11 de maio de 2016
Márcio Falcão
Folha
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