"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 21 de maio de 2016

PRESO HÁ SETE MESES, PIZZOLATO JÁ QUER CUMPRIR PENA EM REGIME SEMIABERTO





Charge do Son Salvador, reprodução de Charge Online


















Quase sete meses após ser extraditado para cumprir sua pena do mensalão no Brasil, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pediu ao Supremo Tribunal Federal para passar do regime fechado para o semiaberto, em que pode deixar o presídio durante o dia e trabalhar.
O caso será analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso, que é relator das execuções penais do mensalão. O ministro vai pedir uma manifestação da Procuradoria-Geral da República.
Na ação, os advogados argumentam que Pizzolato já cumpriu um sexto da pena, como exigido pela Lei de Execuções para a progressão de regime.
FUGIU PARA A ITÁLIA
A fuga dele para a Itália, no entanto, pode representar um impedimento para a concessão do benefício. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro
O ex-diretor fugiu para a Itália – país do qual também é cidadão – em novembro de 2013, logo após seus último recurso contra sua condenação ser rejeitado. Na fuga, via Argentina e Espanha, o condenado usou documentos de um irmão, já morto. E acabou sendo preso em fevereiro de 2014, na cidade de Maranello, no norte italiano.
Em setembro de 2015, a Itália autorizou a extradição do ex-diretor. Ele então recorreu à Corte Europeia de Direitos Humanos, que rejeitou seu recurso no dia 6 de outubro. Pizzolato ficou 17 meses na Itália.
SEM PRIVILÉGIOS
Ao Supremo, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, informou que rejeitou um pedido feito pela Embaixada da Itália, para que um médico indicado por eles acompanhasse as condições de saúde de Pizzolato e avaliasse sua alimentação.
Cury argumentou que a medida poderia representar um privilégio e que consultas às informações da unidade prisional indicam que o ex-diretor do Banco do Brasil já recebeu seis atendimentos médicos.

21 de maio de 2016
Márcio Falcão
Folha

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