"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 21 de maio de 2016

MARCO AURÉLIO GARCIA IRONIZA ATUAÇÃO DE SERRA E CRITICA O "GOLPE DO TIPO NOVO"





Garcia defende a política externa dos governos do PT

















Marco Aurélio Garcia, ex-assessor especial para assuntos internacionais nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, rebateu o discurso de posse do ministro José Serra (Relações Exteriores), no qual o tucano afirmou que a diplomacia brasileira atenderá aos interesses de toda a sociedade, e não de um governo ou de um partido. Segundo o petista, as declarações de Serra contêm “imprecisões” e estão vinculadas ao que chamou de “aspirações” do ministro de ser candidato à Presidência, em 2018.
“Para defender o interesse nacional, é preciso saber o que é. Não é o que está na cabeça de pessoas iluminadas, mas é algo que decorre da vontade popular”, disse Garcia. Para ele, as urnas em 2014 deram a vitória ao projeto do PT, que seria representado somente por Dilma.
AMÉRICA LATINA E ÁFRICA
Garcia disse ter visto o discurso de Serra como uma “ameaça” a um preceito da política externa das gestões petistas: uma ênfase à América Latina. “Não vimos nenhuma manifestação entusiasmada com o golpe de tipo novo que teve no Brasil.”
Garcia apontou como exemplo de “imprecisões” do novo governo a decisão de dar prioridade aos acordos bilaterais e, ao mesmo tempo, ressaltar a importância do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que é multilateral.
Sobre as críticas à ênfase dada a países africanos, Garcia disse que “papel aguenta qualquer coisa”. Ele afirmou que, nas gestões do PT, o comércio com a África quintuplicou. “Isso não é só compaixão.”

21 de maio de 2016
Lu Aiko Otta
Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário