"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 24 de maio de 2016

A QUEDA DE ROMERO JUCÁ E A TRANSIÇÃO DO NADA PARA COISA NENHUMA


Jucá tentou convencer Temer a mantê-lo como ministro




















Pior não poderia ficar, a partir de ontem. Claro que amanhã é outro dia, com tudo para aumentar a profundidade do buraco em que mergulhou o governo Temer. 
Até chegar ao Congresso acompanhado de Romero Jucá, o novo presidente não conseguiu evitar, nesta segunda-feira. 

A hora é de abrir o centro cirúrgico e afiar os bisturis. 
Não dava para manter o atual ministro do Planejamento, exposto no rumo da cadafalso. Se não renunciasse, seria renunciado. 
A revelação dos diálogos dele com Sérgio Machado, pelas páginas da Folha de S.Paulo, pode não comprometer por inteiro o ministério Temer, mas é quase isso.
Como recuperar a economia, ou melhor, preparar e empreender um plano de estabilização nacional,  se o ministro do Planejamento não planeja, mas apenas expõe suas qualidades de bandido?
O atual governo não inspira confiança, mesmo reconhecidos os méritos de Henrique Meirelles, José Serra, Raul Jungmann e mais uns poucos. Aguarda-se um pacote de contenção, mas como anunciá-lo se vier amarrado com o barbante da corrupção?
Ficou óbvia a estratégia que Romero Jucá tramava para neutralizar a Operação Lava Jato e salvar parte da quadrilha com a qual pretendia conduzir o governo Temer. 

Quebrou a cara, fazendo aumentar os ímpetos revanchistas do PT e adjacências. Dilma Rousseff, mesmo carta  fora do baralho, imagina tirar um proveito impossível dessa nova tertúlia, capaz de conturbar a transição do nada para coisa nenhuma.

24 de maio de 2016
Carlos Chagas

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