"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 9 de abril de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

As consequências da quebradeira dos estados e municípios para o desgoverno do crime organizado



Alguém ainda tem dúvida de que se esgotou o modelo capimunista, rentista, fisiológico, patrimonialista e corrupto no Brasil? A maioria esmagadora da desqualificada classe política, componente fundamente do desgoverno do crime organizado, tem certeza que não. O projeto imediato dela é apenas promover reformas pontuais, para que a estrutura não mude de verdade. O plano canalha tem chances de dar certo porque a maioria do povo brasileiro, que deseja mudanças, não consegue ter clareza sobre o que precisa ser urgente e efetivamente mudado. O paradoxo cultural impede o Brasil de adotar os paradigmas corretos.

Mudanças (para melhor) geralmente acontecem quando a vontade política consegue hegemonia. Mudanças (geralmente para pior) podem ocorrer por inércia das pessoas em solucionar problemas históricos - que contaminam a cultura da sociedade. A notícia boa para uns e péssima para outros é que o Brasil está mudando pelos dois motivos combinados. As pessoas interligadas em redes sociais compartilham insatisfações, desejos de mudança e debatem propostas (inclusive inviáveis). Ao mesmo tempo, a bagunça estatal obriga os cidadãos a se virarem, sobretudo na economia informal, conspirando, quase que naturalmente, para a destruição do modelo que as sacaneia, explora, rouba e corrompe.

Um fenômeno da crise estrutural brasileira merece uma atenção especial das pessoas comprometidas, de forma consciente, com mudanças para melhor. Os entes federativos (União, Estados e municípios) estão falidos, quebrados, moral, cultural e economicamente. A máquina estatal, uma monstra leviana, começa a ser autodestruída por seus próprios vícios, defeitos e ineficiências. A gastança, desperdício e roubalheira não conseguem mais se financiar com a cobrança extorsiva de 93 impostos, taxas, contribuições e multas, previstas em centenas de milhares de leis, decretos e instruções normativas.

A pergunta é pertinente: Quais as consequências da quebradeira da União, estados e municípios para o desgoverno do crime organizado? Resposta óbvia ululante: a incompetência e roubalheira ganham evidência e começam a ser combatidas pela maioria dos cidadãos diretamente afetados e prejudicados. Os empresários brasileiros perdem a paciência e reagem. Uns fecham os negócios e "fogem" para um exílio forçado. Outros se unem e partem para o enfrentamento contra a jagunçagem oficial. Eles se rebelam porque vêm sendo tratados como "corruptores ativos", como se os políticos fossem, inocentemente, os meros agentes passivos da corrupção".

Na hora em que União, Estados e Municípios entram "em falência" (não conseguem mais se financiar assaltando o cidadão a tributo armado), e a quebradeira gera um efeito cascata na economia, o ambiente para mudanças se viabiliza por inércia. A regra pragmática, de sobrevivência, é: "Mudar ou morrer". Vivemos o momento em que a crise estrutural brasileira força a própria mudança do modelo. O resultado final vai depender de quem tem mais chances de conquistar hegemonia: os políticos de sempre que desejam manter o Cassino do Al Capone funcionando ou os cidadãos-eleitores-contribuintes que têm a obrigação de mudar a Constituição do jogo, neutralizando a ação dos agentes estatais criminosos.

Caminhamos para uma Intervenção Cívica Constitucional no Brasil. A ruptura institucional do modelo criminoso em vigor é inevitável. O desgoverno do crime prepara seus golpes reformistas, para pouco ou nada mudar. Os segmentos esclarecidos da sociedade, junto com a grande massa de prejudicados diretamente pelo caos político, econômico e moral, provocam as mudanças na base da pressão. A Democracia brasileira, com segurança do Direito, livre debate civilizado e exercício da razão pública, começa a nascer deste entrechoque.

Dilma Rousseff caindo ou não caindo, o fenômeno é irreversível. O equilíbrio mundial - geopolítico e econômico - não combina com um Brasil Capimunista mergulhado no caos, violência, corrupção e improdutividade. Os bandidos institucionais e institucionalizados já perceberam que correm risco de perder a hegemonia. O cidadão de bem só precisa acertar a cabeça da jararaca e de outros bichos canalhas. A guerra de todos contra todos já começou e se intensifica. Igualzinho ao programa do Chacrinha, só acaba quando termina...

Que vençam os melhores e não os piores...
Releia a segunda edição de sexta: Moreira Franco denuncia que Lula repete prática do Mensalão para impedir impeachment da Dilma

Tudo exposto







Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

09 de abril de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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