O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, está finalmente negociando sua delação premiada na Lava Jato. Diz que está pronto para dar detalhes sobre o tríplex de Guarujá, o sítio de Atibaia e a longa relação mantida por ele com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com líderes do PT. A delação está demorando porque os procuradores querem que Pinheiro forneça informações de contratos não relacionados à Petrobras.
Léo Pinheiro, no entanto, está sozinho na iniciativa. O dono da OAS, César Mata Pires, que vinha protegendo Pinheiro, discorda da vontade do antigo funcionário. Mais que isso: diferentemente de outras empreiteiras envolvidas na Lava Jato, Mata Pires não quer que sua empresa acerte um acordo de leniência.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Está demorando muito a delação de Léo Pinheiro, um dos executivos de empreiteiras que se tornou mais próximo a Lula, junto com Alexandrino Alencar, da Odebrecht, que acompanhava o ex-presidente no jatinho da empresa, nas muitas viagens de negócios que fizeram, sob a camuflagem de palestras que jamais existiram. Lula é muito vaidoso e contratou o fotógrafo Ricardo Stuckert para acompanhá-lo e documentar sua trajetória. Tudo o que o ex-presidente faz é acompanhado por Stuckert, que trabalha no Instituto Lula. Curiosamente, não existem vídeos nem fotos dessas famosas palestras. Os procuradores da Lava Jato e o ministro Teori Zavascki precisam autorizar de imediato as delações de Pinheiro e dos dirigentes da Odebrecht, para colocar logo um fim nisso tudo e o país poder olhar para frente. (C.N.)
09 de abril de 2016
Murilo Ramos
Época
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