Apenas 14 dos 66 deputados que devem compor a Comissão Especial do Impeachment do vice-presidente Michel Temer na Câmara foram indicados pelos líderes das bancadas até agora. Partidos de oposição estão resistentes a dar encaminhamento ao processo e justificam que deputados da bancada não querem fazer parte do colegiado.
Até o momento, só sete legendas fizeram indicações para a comissão. São elas: PT, PCdoB, PEN, Rede, PSOL, PT do B e PMB. Entre as siglas que compõem a base do governo, PSD, PR e Pros também não fizeram indicações. O Bloco da Maioria, que tem direito a 26 vagas na comissão fez apenas uma indicação, a do deputado Junior Marreca (PEN-MA).
Já o bloco de oposição, composto por PSDB, PSB, PPS e PV não fez indicações, assim como PDT e PSL. O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que consultou a bancada sobre as indicações e que ninguém quis participar do colegiado. “Não tem ordem judicial que vá obrigar deputado, seja do meu partido, seja do PMDB, do PSDB, seja de que partido for, a integrar uma comissão. Ninguém vai para uma comissão sob vara”, disse.
DECISÃO DO STF
O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cumpre decisão do ministro do Marco Aurélio Mello, Supremo Tribunal Federal (STF), que obrigou a Casa a instalar comissão para analisar denúncia de crime de responsabilidade contra o vice-presidente da República.
Cunha recorreu da resolução e aguarda votação do plenário do STF para posição definitiva. Contrariado com a ordenação de Mello, ele ainda não fez a leitura da criação do colegiado. Em defesa, o presidente da Câmara argumenta que não pode instalar a comissão sem que os líderes façam as indicações dos participantes.
Veja quem são os deputados indicados para a Comissão Especial do Impeachment de Temer até o momento: Júnior Marreca (PEN-MA), Alice Portugal (PCdoB-BA), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS), José Mentor (PT-SP), Paulo Teixeira (PT-SP), Pepe Vargas (PT-RS), Vicente Candido (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ), Zé Geraldo (PT-PA), Weliton Prado (PMB-MG), Aliel Machado (Rede -PR), Edmilson Rodrigues (Psol-PA), e Cabo Daciolo (PTdoB-RJ).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se arrependimento matasse, o corpo do ministro Marco Aurélio Mello já estaria em velório. Quis tumultuar o impeachment de Dilma, ameaçou o presidente da Câmara de enquadramento por crime de responsabilidade, caso não criasse a Comissão, e o resultado aí está. Marco Aurélio agora é a bola da vez e está sendo desmoralizado pelos deputados, que não têm o menor respeito por ele, jogaram a determinação do ministro na lata de lixo mais próxima e se divertem às custas dele. Aqui na Tribuna da Internet, com absoluta exclusividade, anunciamos que a Câmara iria embromá-lo e não criaria a Comissão. E não deu outra. Marco Aurélio depois admitiu que não é semideus. Mas julgava que era... (C.N.)
09 de abril de 2016
Isabela Bonfim
Estado
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