Cumprindo seu primeiro mandato completo como deputado federal, Rogério Rosso (PSD-DF), 47 anos, disse nesta sexta-feira (18) ter atingido o ápice de exposição nas redes sociais após ter sido eleito presidente da Comissão que vai analisar o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. “Advogado e músico”, conforme informa sua biografia na Câmara, Rosso ocupou cargos nas administrações de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda e alcançou certa notabilidade ao assumir o mandato tampão de governador do Distrito Federal, em 2010, quando uma avalanche de suspeitas de corrupção derrubou governadores em série na capital federal.
Atualmente, é líder da bancada do PSD, com estreita relação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adversário de Dilma, e com o ministro Gilberto Kassab (Cidades), líder maior de seu partido e aliado de Dilma.
Em entrevista na manhã desta sexta-feira afirmou que além da questão jurídica, o “aspecto político e das ruas”, sobretudo, será levado em conta na definição do voto de cada parlamentar.
Afirmou também que caberá à comissão decidir se convida Dilma e Lula para depor e se a delação do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) –que acusa Lula e Dilma de envolvimento no petrolão – será levada em conta na análise do impeachment.
TRABALHARÁ TODOS OS DIAS
Rosso diz que trabalhará todos os dias na Câmara, inclusive nos fins de semana, e que pretende fazer reuniões diárias da comissão, diferentemente da comissão que analisou o impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992.
Afirmando ter passado a noite estudando o caso Collor, ele chegou a se confundir na entrevista –trocou Hélio Bicudo, um dos autores do pedido atual, por Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa e primeiro signatário do pedido de impeachment contra Collor.
19 de março de 2016
Ranier Bragon
Folha
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