"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

COMO SERÁ O ATO FINAL?



Imagine-se uma peça teatral na qual os atores entram em cena sem a menor ideia do texto. 

Tudo então pode acontecer. 

É possível que se presenciem cenas  caóticas, espocando de acordo com o interesse dos  diversos integrantes do elenco que buscam protagonismos vantajosos  ou nacos maiores da bilheteria. 

Assim, surgirão diálogos sem sentido, monólogos autistas, discussões acaloradas,  xingamentos que deixariam qualquer frequentador de sarjeta ruborizado  e até agressões físicas. 

A plateia, também sem entender o roteiro, desempregada, perplexa e dividida, a maioria a exigir a destituição da diretora (?) do espetáculo e a minoria a bradar pela sua permanência, por fanatismo ou por conta da manutenção de favorecimentos distribuídos, contempla o desenrolar  melancólico que se desdobra e se torna cada vez mais enfurecida pois pagou um alto preço, inflacionado, para assistir a um trabalho minimamente coerente dos atores que, aliás, foram por ela escolhidos. 

Diante disso , ameaça vandalizar o teatro mas vai sendo controlada e enganada demagogicamente pela direção, não se sabe até quando,  com mentiras e ilusões demagógicas. 

Alguém pode imaginar qual poderá ser o desfecho de tal pandemônio? Impossível. 

A sugestão de insólito teatral, digna de Eugène Ionesco, pode ser metaforicamente adaptada à atual situação do Brasil, com a classe política análoga ao elenco e o povo à plateia. 

Poucos saberão como será o ato final no cenário real.

18 de dezembro de 2015
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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