"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 3 de outubro de 2015

RESPOSTA A MEU AMIGO MANSUETO ALMEIDA


Meu amigo Mansueto Almeida fez a seguinte pergunta:

"O esforço fiscal (aumento de impostos e/ou corte de despesa) para o próximo ano é de cerca de R$ 65 bilhões, mas pode ser de R$ 90 bilhões a depender do crescimento do PIB e do resultado fiscal deste ano. Eu não vejo como se fazer ajuste dessa magnitude exclusivamente do lado da despesa em um ano. Se alguém souber me diga que quero aprender".

Tal como Mansueto sabe bem, e eu já alertei aqui antes, não é possível fazer expressivos cortes orçamentários em um ano. 
Em 03 de março de 2011 já disse como deve ser feito o ajuste fiscal brasileiro SEM O AUMENTO DE IMPOSTOS.

Abaixo seguem as medidas para o ajuste fiscal SEM AUMENTO DE IMPOSTOS. Ao final do texto dou uma única sugestão de aumento de impostos (mas mesmo nesse caso se refere mais a uma correção de isenção do que a um aumento propriamente dito).

A. REDUÇÃO DO TAMANHO DO ESTADO NA ECONOMIA: LADO DA DESPESA

Medida 1: Fim dos repasses do Tesouro para o BNDES.

Medida 2: Substituir Investimento Público por Parcerias ou Concessões

Medida 3: Acabar com a regra atual de reajuste do salário mínimo, e manter em 2016 o mesmo valor do salário mínimo que vigorou em 2015.

Medida 4: Minimizar os custos decorrentes da Copa do Mundo de 2014.

Medida 5: Minimizar os custos decorrentes de sediar as Olimpíadas de 2016.

Medida 6: Projeto de Lei que aumente a idade mínima para aposentadoria para 67 anos tanto para homens quanto para mulheres.

Medida 7: FIM da aposentadoria por tempo de serviço.

Medida 8: Não elevação dos gastos com o bolsa família e implementação de uma regra compulsória de saída.

Medida 9: Pente fino na necessidade de novos concursos públicos

Medida 10: Congelamento dos Salários dos Servidores Públicos por um ano

Medida 11: Forte redução com gastos de publicidade.

Medida 12: Proibição do Banco do Brasil e da CEF de comprarem participação em bancos privados.

Medida 13: Forte redução na quantidade de Ministérios.

Medida 14: Imediata auditoria e cortes nos repasses para todas as ONG´s

Medida 15: Revisão das Concessões de Indenização a Aposentadorias aos grupos denominados “Perseguidos Políticos”

Medida 16: Regra para o “Restos a pagar”

Medida 17: Redução nas despesas com saúde

Medida 18: Redução dos gastos federais em educação

Medida 19: Abandonar, pelos próximos 4 anos, os grandes projetos tais como o programa Minha Casa Minha Vida, ou o Minha Casa Melhor, ou o PAC


B. REDUÇÃO DO TAMANHO DO ESTADO NA ECONOMIA: LADO DA RECEITA

Medida 20: Suspensão de vários dos incentivos tributários setores específicos concedidos nos últimos anos

Medida 21: Fim da Isenção de IR para LCI e LCA

Medida 22: Grande processo de privatização de empresas públicas

Medida 23: Ampla revisão da legislação ambiental

Essas 23 medidas são capazes não apenas de ajustar o orçamento para 2016, mas são suficientes para reequilibrar a saúde fiscal do Estado brasileiro. NÃO é necessário aumentar impostos, precisamos de reformas estruturais e não de ajustes paliativos e transitórios. Mas Mansueto tem razão na sua dúvida: existe algum partido político pronto a defender esse ajuste? A ausência desse ajuste só pode ser corrigida por aumentos de impostos, então façam suas escolhas, não há saída fácil para o caos fiscal gerado pelo PT.

03 de outubro de 2015
Adolfo Sachsida

Nenhum comentário:

Postar um comentário