"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 11 de outubro de 2015

FRASE DO DIA


«Aliás, já temos [conteúdos importantes]: criamos a novela. Ao criarmos a novela criamos uma das formas mais importantes no nosso País de fabulação, de contar história, algo que a humanidade desenvolveu quando se tornou humana.»


Dilma 1

Trecho do discurso pronunciado pela presidente da República no dia 6 out° 2015 quando da abertura do Congresso Brasileiro de Radiodifusão, Brasília.
É interessante notar que dona Dilma atribui a criação da novela à genial inventividade brasileira. Não lhe ensinaram que esse gênero, sucessor do folhetim, é multissecular. 
Já no século XVIII, jornais franceses publicavam histórias a conta-gotas, em capítulos diários. Com o advento do rádio, nos anos 20, novelas foram adaptadas para o modo radiofônico. Vinte anos mais tarde, a televisão americana se apropriou do modelo e o fez entrar no molde televisivo.
Ainda que a verdade possa desagradar a nossa mandatária, não criamos a novela. Assim como não inventamos a mandioca.

Uma última observação

Num momento de notável lucidez, dona Dilma lembrou que, um dia, a humanidade se tornou humana, constatação extraordinária. A presidente não especificou como era a humanidade antes dessa crucial transformação. 

Ignaros e sedentos de aprender, ficamos todos, ansiosos, à espera de suas luzes, presidente!

O texto integral do admirável discurso está no mui oficial site do Planalto, aquele que, subserviente, chama a presidente de “presidenta”.

11 de outubro de 2015
José Horta Manzano, in Brasil de longe

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