E Lula dizia que o filho era um “fenômeno” empresarial… |
Está destinada a causar um estrondoso tumulto a delação premiada de Fernando Baiano, cuja homologação foi feita pelo ministro Teori Zavascki na sexta-feira.
O operador (de parte) do PMDB na Petrobras pôs no olho do furacão nada menos do que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
Baiano contou que pagou despesas pessoais do primogênito de Lula no valor de cerca de R$ 2 milhões.
Ao contrário dos demais delatores, que foram soltos logo após a homologação das delações, Baiano ainda fica preso até 18 de novembro, quando completa um ano encarcerado. Voltará a morar em sua cobertura de 800 metros quadrados na Barra da Tijuca.
A propósito, quem teve acesso ao conteúdo da delação conta que Eduardo Cunha é, sim, citado por Baiano, que reconhece suas relações com o presidente da Câmara.
Mas não entrega nada arrasador contra Cunha.
MAIS UMA CONTA DE CUNHA
Além de contas secretas no Julius Baer, Eduardo Cunha guardava dinheiro em outro banco suíço, o BSI. A informação consta dos documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça às autoridades brasileiras na semana passada.
O BSI, que desde julho é controlado pelo brasileiro BTG Pactual, não confirma a informação dos procuradores suíços. Evidentemente, não há qualquer conta em nome do presidente da Câmara. Segundo o dossiê recebido, porém, Cunha seria o beneficiário final das contas.
Hoje, existem quatro contas bloqueadas no BSI a pedido da Lava-Jato. Uma delas pertence ao ex-operador de (parte do) PMDB na Petrobras João Augusto Henriques, cujo bloqueio ocorreu em novembro.
No depoimento à PF, Henriques admitiu que fez transferências de dinheiro para uma conta de Cunha no exterior.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Espetacular a estréia de Lauro Jardim no Globo, um grande reforço. Mas deve-se lamentar algumas mudanças recentes no jornal, que são verdadeiramente inexplicáveis, como o afastamento de Joaquim Ferreira dos Santos, o melhor cronista da cidade, uma espécie de João do Rio redivivo, e o enxugamento do caderno Prosa e Verso. Em “compensação”, contrataram alguns colunistas verdadeiramente insuportáveis.(C.N.)
11 de outubro de 2015
Lauro JardimO Globo
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