"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

RESUMO DA PALESTRA DO GENERAL MOURÃO



Um general de exército, diante de uma platéia composta por civis e militares, completamente aberto ao diálogo. Aconteceu ontem, em Porto Alegre, na abertura de um evento organizado pelo CPOR. (OBS: muitos civis, inclusive alunos de faculdades. militares da reserva e alunos CPOR). 

O Comandante Militar do Sul, General Antônio Mourão, expôs suas visões sobre o Brasil contemporâneo para um auditório lotado. “São as minhas opiniões”, deixou claro antes de começar. Alguns dos posicionamentos de Mourão, um dos militares mais influentes do país:

Sobre a política no Brasil:

- “Os políticos viraram escravos das pesquisas de opinião. Esquerda e direita se encontram na corrupção”.

- “Cadê o líder aqui na América do Sul? Temos algumas figuras de folclore”.

- “Não é possível que um governo tenha 22 mil cargos de confiança para nomear”.

Sobre relações exteriores:

- “O Itamaraty foi bypassado pelo Foro de São Paulo. É ele que dá o ditame de uma diplomacia paralela”.

Sobre o papel do Exército:

- “Nós sabemos como fazer. O que fazer tem que ser definido pelo conjunto da sociedade”.

- “O emprego do Exército na segurança pública deve ser limitado no tempo e no espaço. Somos treinados para outra coisa. Mas a gente não escolhe missão”.

Sobre a qualidade das informações passadas aos governantes:

- “Quem decide precisa de uma agência de inteligência forte. Hoje, nossos agentes são escolhidos por concurso e têm seus nomes publicados no Diário Oficial. O Brasil é o único país do mundo onde isso acontece”.

Sobre o desfecho da crise política:

Mourão identifica quatro cenários possíveis para o Brasil.

- 1. Sobrevida – Mesmo enfraquecido, o governo Dilma chega ao final do mandato.

- 2. Queda controlada – Dilma renuncia ou se afasta por iniciativa própria, negociando a transição.

- 3. Renovação – Descontinuidade do governo com novas eleições.

- 4. Caos.

18 de setembro de 2015
Túlio Milman escreve o Informe Especial na página 2 do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde o resumo da palestra do General de Exército Antônio Mourão, no CPOR, foi publicada em 16 de setembro de 2015.

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