"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

PETROBRAS DEMITE 800 E PARALISA ÚNICA OBRA EM ANDAMENTO


Unidade de gás era a única mantida no plano da estatal


Ontem o governo anunciava uma grande descoberta no pré-sal. Hoje anuncia a paralisação da única obra da Petrobras ainda em andamento. Até quando este governo vai mentir e enganar o país nesta roubalheira sem fim na maior empresa brasileira? 

(Estadão) Única obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) mantida no Plano de Negócios da Petrobrás para o período entre 2015 e 2019, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) teve as obras paralisadas, nesta segunda-feira, 28, pelo consórcio responsável pelo projeto. Cerca de 800 trabalhadores foram demitidos, segundo o consórcio formado por Tecna, Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás - as duas últimas investigadas na Operação Lava Jato.

Ao custo de R$ 1,8 bilhão, a unidade estava planejada para escoar a produção de gás do pré-sal e tinha a entrada em operação prevista para 2017. O consórcio atribuiu a suspensão a "insustentáveis impactos sobre o contrato, decorrentes da crise econômica e seus efeitos no câmbio".

 Na última semana, as empresas se reuniram com a Petrobrás para discutir os termos e os repasses do contrato, mas não houve acordo. O impasse teria acelerado a paralisação das obras. A justificativa sinaliza que a estatal já apertou o freio em seus projetos diante do agravamento da sua situação financeira, especialmente seu endividamento, após a disparada do dólar nas últimas semanas.

Demissões. Ao longo do dia, uma longa fila de trabalhadores se formou na área administrativa do consórcio para a formalização das demissões. Foram dispensados operários da área civil e também dos setores administrativos. Em nota, o consórcio QGIT informou também que as demissões respeitaram "integralmente a legislação trabalhista" e que ainda segue em negociações com a Petrobrás "visando a mais breve retomada das atividades".

"Acho que ela vai voltar em janeiro, mas não é nada certo", lamentou o funcionário Anderson Francisco, funcionário há um ano e cinco meses do consórcio. Segundo ele, os boatos entre os trabalhadores eram que a obra será hibernada por quatro meses.

Esta é a segunda vez que o operário, natural de Itaboraí, cidade na região metropolitana do Rio onde o Comperj é construído, é demitido das obras do empreendimento, onde trabalhou na área de construção civil nos últimos cinco anos.

Atualmente, cerca de seis mil operários atuam no Comperj, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí (Stimenni), Edson Rocha. A previsão é que, até o final do ano, outros consórcios façam demissões, uma vez que os contratos relacionados às obras da refinaria serão paralisados à espera de um sócio para investir na conclusão do projeto.

"Mas a Petrobrás garantiu que novas licitações devem ser feitas para obras de asfaltamento, esgoto e iluminação, com previsão para início em janeiro", afirmou Rocha, que se reuniu há duas semanas com representantes da estatal.

29 de setembro de 2015
in coroneLeaks

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