Dilma ignora manifestações e marketeiros fortalecem ofensiva nas redes sociais após acordo com Zuckerberg
14 de abril de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
O desgoverno teve a insensibilidade de fingir que nenhuma manifestação aconteceu no domingo. Seria tolice supor que a Presidenta Dilma Rousseff, que terceirizou sua presidência para o PMDB e os banqueiros, não entendeu nada do recado das ruas. E nem quis tocar no assunto. A equipe de marketagem do Palhasso do Planalto preferiu inundar o Facebook com mensagens de Dilma - que serão impulsionadas em seu alcance depois da conversinha que ela teve na cúpula das Américas com o jovem chefão da rede social, Mark Zuckerberg.
Ninguém, nas passeatas em 450 cidades do País, pediu "Ajuste Fiscal" - que o condutor da economia, Joaquim Levy, e a festiva ministra da Agricultura, Kátia Abreu, tiveram a ousadia de defender para produtores rurais, em Rio Verde (GO), na abertura da Tecnoshow Comigo 2015 — feira de tecnologia rural do Centro-Oeste. Nas ruas, se pediu: Fora, Dilma! Fora, PT! Chega da corruptos no poder! Impeachment! Intervenção Constitucional! Ninguém pediu mais aperto, mais juros ou mais impostos...
Fingindo ignorar as manifestações, a Dilma do Facebook tratou de outro tema polêmico: "Reduzir a maioridade penal não vai resolver o problema da delinquência juvenil. Isso não significa dizer que eu seja favorável à impunidade. Menores que tenham cometido algum tipo de delito precisam se submeter a medidas socioeducativas, que nos casos mais graves já impõem privação da liberdade. Para isso, o País tem uma legislação avançada: o Estatuto da Criança e do Adolescente, que sempre pode ser aperfeiçoado. É preciso endurecer a lei, mas para punir com mais rigor os adultos que aliciam menores para o crime organizado".
Ou seja, Dilma continua "sangrando" na Presidência (conforme definiu um de seus braços direitos, em conversa telefônica ilegalmente interceptada pela arapongagem de Brasília). Só o aumento da pressão popular conseguirá fazer com que ela saia desta nada confortável "zona de pretensa ignorância" acerca da vontade da maioria do eleitorado. Ou será que a pressão interna, promovida pelo PMDB que a mantém como refém, produzirá tal efeito de fazê-la acordar para a realidade?
O desgoverno morto se finge de muito vivo. O preço deste cinismo pode custar muito caro aos políticos que lhe dão sustentação, na hora do "juízo Final" - cada vez mais próxima.
FHC de sempre...
O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso continua não querendo saber de impeachment e nem liga para críticas que ele e seu PSDB ouviram nas manifestações de domingo, principalmente na Avenida Paulista:
"O movimento tem sua dinâmica própria, não foi convocado pelos partidos. Os partidos têm uma responsabilidade institucional. É natural que os movimentos exijam mais e os líderes políticos têm que mesurar, ver o que é possível fazer e o que não é. Agora, se os partidos fossem para a rua, seria mais grave. Porque seria tentar instrumentalizar aquilo que não é instrumentalizável".
Ou seja, como sempre, FHC continua jogando como se fosse um grande parceiro do PT no que diz respeito à manutenção do status quo político, na contramão da manifesta vontade popular...
Foi, não...
O Globo informa que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se recusou a prestar depoimento à Polícia Federal, depois de intimado no dia 30 de março, para dar explicações sobre seu suposto envolvimento com a estrutura de corrupção na Petrobras.
Na condição de parlamentar, ele teria a prerrogativa de escolher local e data do interrogatório, mas nem assim ele aceitou o convite.
O deputado é acusado de receber dinheiro para viabilizar um contrato de afretamento de navios entre a Samsung e a Petrobras.
Quem manda no Brasil?
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
14 de abril de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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