PPS INSISTE EM QUE A CPI INVESTIGUE A FAMÍLIA DE VACCARI

Vaccari usou parentes e a própria mulher na movimentação do dinheiro

A deputada Eliziane Gama (MA), representante do PPS na CPI da Petrobras, quer fazer as investigações se aprofundarem no tocante à participação da família do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A parlamentar já recebeu informações da Polícia Federal sobre as últimas viagens internacionais da cunhada de Vaccari, Marice de Lima, que foi coordenadora administrativa do PT durante o mensalão.

Documento da PF de posse da presidência do PPS mostra que, em 31 de maio de 2012, Marice de Lima embarcou no voo JJ8062, que decolou do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e pousou em Milão, na Itália. Duas semanas depois, em 14 de junho de 2012, Marice de Lima fez o trajeto de volta, de Milão para São Paulo, no voo JJ8063.

Em delação premiada, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse que abriu duas contas no Banco Drenos, em Milão, para gerenciar parte da propina que as construtoras repassavam aos funcionários da estatal.

O PPS quer saber se, nessa viagem para Milão, Marice de Lima estava acompanhada por Vaccari e se teve algum contato com essas contas reveladas por Pedro Barusco.

NO PANAMÁ

A outra viagem de Marice de Lima que será investigada na CPI da Petrobras foi a que a petista fez para o Panamá, em novembro de 2013. A deputada Eliziane Gama quer saber se essa viagem de Marice de Lima teve alguma relação com a JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu que teve filial aberta no Panamá em 2008.

No ano passado, o Ministério Público Federal pediu a prisão de Marice de Lima por causa de indícios de envolvimento com o petrolão. O pedido foi negado. A cunhada de Vaccari é suspeita de ter recebido R$ 110 mil do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do petrolão, por indicação de executivos da OAS.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Não esquecendo do depósito de R$ 400 mil na conta da própria mulher de Vaccari no Unibanco, lembrada aqui na TI pelo comentarista Virgilio Tamberlini… (C.N.)

14 de abril de 2015
Marcelo Sperandio
Época