“Ele sabe de muita coisa, inclusive como foi a nomeação de Paulo Roberto Costa [para a diretoria da Petrobras] junto ao [ex-presidente] Lula.”
A frase é de Clóvis Corrêa Filho, advogado de seu primo Pedro Corrêa (PP), que teve mandado de prisão expedido na 11ª etapa da Operação Lava Jato e, na verdade, já está preso numa penitenciária no agreste pernambucano onde cumpre pena de sete anos após condenação na ação penal do mensalão. Sim: aquele do qual Lula era o maior beneficiário.
Clóvis disse à Folha:
“Não tem como fugir da Justiça, as provas são contundentes. Defendo que ele faça a delação premiada para contribuir com o aperfeiçoamento do processo democrático”.
É uma ótima ideia.
Em outubro de 2014, o doleiro Alberto Youssef, operador do PP no esquema de corrupção da Petrobras, disse a Sérgio Moro que Lula cedeu à pressão para nomear Costa:
“Eu tenho conhecimento que, para que Paulo Roberto Costa assumisse a cadeira de diretor da Diretoria de Abastecimento, esses agentes políticos trancaram a pauta no Congresso durante 90 dias. Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou louco, teve que ceder e realmente empossar o Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento”.
Pedro Corrêa pode esclarecer quais foram as exigências e o papel de Lula nessa história.
O petista já deve estar louco com o risco de ser preso.
12 de abril de 2015
Felipe Moura Brasil
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