Um senhor bem mais velho que eu, ensinou-me a ler os jornais.
“Comece pelo obituário; se morreu um amigo, haverá tempo de ir ao enterro ou à missa; se foi um inimigo, nada melhor do que a sensação de saber que há um canalha a menos.”
O câncer parece funcionar com rigor seletivo. Se é um bom pai de família, perece em pouco tempo; se é um traidor da pátria, cura-se milagrosamente.
Num país em que a escolha de ministros atende apenas apetites inconfessáveis e não a sua capacidade de bem servir os interesses nacionais, o que vemos é uma triste partilha do boi.
Trinta e nove energúmenos, vendilhões do templo que se submetem a qualquer humilhação pública mas não largam o osso.
Aparentemente só nos resta amaldiçoá-los. Nem chorar para o bispo podemos mais.
O de Araque, construiu um templo enorme às custas do sal suarento ou mão calejada dos pobres de espírito.
Mais cedo ou mais tarde prestará contas de incontáveis felonias.
11 de janeiro de 2015
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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