Artigos - Globalismo
O coronel da polícia política soviética KGB e agora chefe máximo do Kremlin continua com sua sutil ofensiva para angariar novos “companheiros de viagem” para derrocar o regime de propriedade privada e livre iniciativa ocidental.
No Natal, Putin soube aproveitar astutamente uma singular oportunidade. Esta lhe foi oferecida pelo arcebispado de Paris, que monta todos os anos uma grande e bela árvore de Natal diante da catedral Notre-Dame, especialmente visitada nessa época.
Mas como as arcas desse arcebispado não vivem seus melhores momentos, ele foi à busca de patrocinadores para a árvore de Natal.
E apesar de não faltarem franceses capazes de corresponder a este gesto, ainda que por interesse comercial, e entre eles muitos produtores de árvores natalinas, que as vendem aos milhões em cada Natal, a preferência do arcebispado parisiense incidiu sobre a oferta caída como que angelicamente do Céu das mãos do embaixador do ex-coronel da KGB.
Os jornais de Paris “Le Monde” e “Le Figaro” anunciaram a surpreendente escolha num momento que as tensões entre a OTAN e Moscou envolvem o governo socialista filo-russo da França. Notadamente, a decisão eclesiástica entra em conflito com as sanções internacionais visando o fim dos crimes internacionais da Rússia contra a soberania dos vizinhos e contra a paz na Europa.
A Rússia reclama a entrega de um porta-helicópteros francês de última geração, o Mistral, mas a OTAN nega a autorização enquanto durar a agressão russa à Ucrânia.
E eis que o astuto chefe da “nova URSS” excogita este golpe de propaganda e o arcebispado parisiense se presta com uma ingenuidade que raspa no colaboracionismo ou no suicídio.
“Será a primeira vez na história de Paris em que a árvore de Natal vem da Rússia”, orgulhou-se Alexandre Orlov, o embaixador de Putin. Uma placa foi posta junto ao pé do pinheiro, a fim de surtir o maior efeito propagandístico — ou, na interpretação do arcebispado, para agradecer ao “generoso” doador.
A embaixada russa, segundo France TV, fez questão de convocar os jornalistas acreditados em Paris para garantir o golpe de propaganda favorecedor daquele que quer restaurar as ‘grandezas’ da velha URSS.
Mons. Patrick Jacquin, reitor da catedral Notre Dame, aceita a "mão estendida" do Kremlin, e abre uma ponte para os crimes contra o Direito Internacional perpetrados pela Rússia.
11 de janeiro de 2015
Luis Dufaur, escritor
No Natal, Putin soube aproveitar astutamente uma singular oportunidade. Esta lhe foi oferecida pelo arcebispado de Paris, que monta todos os anos uma grande e bela árvore de Natal diante da catedral Notre-Dame, especialmente visitada nessa época.
Mas como as arcas desse arcebispado não vivem seus melhores momentos, ele foi à busca de patrocinadores para a árvore de Natal.
E apesar de não faltarem franceses capazes de corresponder a este gesto, ainda que por interesse comercial, e entre eles muitos produtores de árvores natalinas, que as vendem aos milhões em cada Natal, a preferência do arcebispado parisiense incidiu sobre a oferta caída como que angelicamente do Céu das mãos do embaixador do ex-coronel da KGB.
Os jornais de Paris “Le Monde” e “Le Figaro” anunciaram a surpreendente escolha num momento que as tensões entre a OTAN e Moscou envolvem o governo socialista filo-russo da França. Notadamente, a decisão eclesiástica entra em conflito com as sanções internacionais visando o fim dos crimes internacionais da Rússia contra a soberania dos vizinhos e contra a paz na Europa.
A Rússia reclama a entrega de um porta-helicópteros francês de última geração, o Mistral, mas a OTAN nega a autorização enquanto durar a agressão russa à Ucrânia.
E eis que o astuto chefe da “nova URSS” excogita este golpe de propaganda e o arcebispado parisiense se presta com uma ingenuidade que raspa no colaboracionismo ou no suicídio.
“Será a primeira vez na história de Paris em que a árvore de Natal vem da Rússia”, orgulhou-se Alexandre Orlov, o embaixador de Putin. Uma placa foi posta junto ao pé do pinheiro, a fim de surtir o maior efeito propagandístico — ou, na interpretação do arcebispado, para agradecer ao “generoso” doador.
A embaixada russa, segundo France TV, fez questão de convocar os jornalistas acreditados em Paris para garantir o golpe de propaganda favorecedor daquele que quer restaurar as ‘grandezas’ da velha URSS.
Mons. Patrick Jacquin, reitor da catedral Notre Dame, aceita a "mão estendida" do Kremlin, e abre uma ponte para os crimes contra o Direito Internacional perpetrados pela Rússia.
11 de janeiro de 2015
Luis Dufaur, escritor
Nenhum comentário:
Postar um comentário