DIRETOR ZECA PIRES INICIA AS FILMAGENS DE SEU DOCUMENTÁRIO "ANAUÊ", ENFOCANDO O INTEGRALISMO E O NAZISMO EM SANTA CATARINA.
Zeca Nunes Pires com Aluizio Amorim, Maria Emília de Azevedo e o diretor de fotografia Adenor Gouvêa. (Foto de Victor Fabiano).
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Nesse domingo (28/12) o diretor Zeca Nunes Pires iniciou as filmagens de seu novo documentário ANAUÊ, que aborda o Integralismo e o Nazismo em Santa Catarina.
Este escriba foi convidado por Zeca Pires para gravar o primeiro depoimento. Minha participação se deve ao fato de um livro que escrevi intitulado "Nazismo em Santa Catarina", cuja única edição, já esgotada, foi lançada no ano de 2000 pela Editora Insular.
O depoimento foi filmado no Museu Lara Ribas, diretor do DOPS na época do campanha de nacionalização e repressão ao movimento nazista desencadeado no governo Vargas. Ribas, já falecido, é também o autor do célebre livro "Um punhal Nazista no Coração do Brasil", referência obrigatória no que respeita a esse episódio histórico.
Durante a filmagem dentro do museu aparece o busto de Hitler esculpido em madeira por Joseph Teichmann, artista de Pomerode. Essa obra, datada de 1931, foi apreendida pela polícia durante a campanha contra o nazismo. A peça hoje está exposta no museu de Armas no Forte Santana, próximo à cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz.
O meu amigo José Henrique Nunes Pires, ou Zeca Pires, como é mais conhecido, é um dos profissionais com produção cinematográfica mais representativa de Santa Catarina. Por isso mesmo, o documentário Anauê tem tudo para ser uma obra cinematográfica de referência.
A maioria dos trabalhos de Zeca Pires têm um forte vínculo com a cultura popular do Estado, entre os quais, destacam-se:
- co-direção, juntamente com Norberto Depizzolatti, no curta-metragem "Manhã"(1989) e no documentário "Farra do Boi"(1991);
- direção e produção do "Ponte Hercílio Luz – Patrimônio da Humanidade" (1996);
- direção do documentário “Bois em Farra” (1996) e do “Festa do Divino, Tradição de Fé” (1998);
- direção do premiado curta "Ilha" (2001);
- produção-executiva dos curtas de Penna Filho, "Naturezas Mortas" (1995) e "Victor Meirelles – Quadros da História" (1996);
- assistente de direção de Cacá Diegues em "Um Trem Para as Estrelas" (1988) e de Sylvio Back em "Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro" (1999).
LONGA METRAGEM
Seu primeiro longa-metragem, “PROCURADAS”, finalizado em 2004 e dirigido em parceria com José Frazão, foi selecionado para a Mostra Oficial do Festival de Cinema de Gramado. Realizou, também com Frazão, o episódio “Perto do Mar”, da série Curtas Catarinenses, realizado para RBS-TV e Tvi – Cinema e Televisão.
Em julho de 2005 produziu e dirigiu o documentário “Caminhos do Divino”, com roteiro de Tânia Lamarca, também exibido na RBS-TV. Ainda em 2005, fez a produção-executiva do curta “Um Tiro na Asa”, de Maria Emília de Azevedo.
Com base em toda a experiência acumulada nestes trabalhos, Zeca deu mais um passo importante em sua carreira em 2006, respondendo sozinho pela direção do longa-metragem, “A ANTROPÓLOGA”, que está em fase de finalização.
O projeto, que recebeu o prêmio de longa-metragem do Governo do Estado de SC/Cinemateca Catarinense, resgata a cultura herdada dos colonizadores açorianos numa comunidade remota de Florianópolis.
Aqui alguns links de sites que mostram os excelentes trabalhos de Zeca Pires:
http://picasaweb.google.com.br/antropolo... http://www.flickr.com/photos/antropologa... http://antropologaofilme.wordpress.com
30 de dezembro de 2014
in aluizio amorim
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