"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

OS MORTOS DEVERIAM PERMANECER CALADOS



Existe, segundo um amigo meu, em psiquiatria e psicanálise um conceito chamado “a experiência da vergonha do outro”, algo poderoso e inexplicável que nos faz sentir – através de uma empatia que não deixa de ser a masoquista – a vergonha que outra pessoa (que não nós mesmos) deveria sentir.
 
Recebi há dois ou três dias inúmeras manifestações por e-mail disso que no Brasil Petista nos acostumamos a chamar de “entidades médicas”. Todas elas discorriam sobre o “grande perigo” o enorme “risco” que corremos todos nós, médicos, de termos nosso diploma alterado naquilo que define nosso grau. Não seremos mais médicos: seremos “bacharéis em Medicina”. Quando abri essa correspondência eletrônica, de imediato a minha experiência foi a da “vergonha do outro”... do “ridículo que deveria ser experimentado” por aquele ou aqueles que o dinheiro captado dos médicos utilizam para, num momento como esse, enviar tal tipo de comunicação.
 
Meus amigos, a Medicina Brasileira morreu. Ponto. Simples assim? Sim...simples assim. Há mais de um ano, estrangeiros formados sabe-se lá em que vem entrando no país e atendendo pacientes do SUS. Recentemente, a mesma presidente que DECRETOU o Programa Mais Médicos disse, abertamente, que vem aí o “Mais Especialistas” e, pergunto eu, é justo que essas “coisas” chamadas “entidades médicas” que dignidade nenhuma mostraram (porque não a tem) venham agora fingir protesto por causa do que há de ser escrito no diploma dos futuros médicos brasileiros?? Ora, pelo amor de Deus, tenham a devida vergonha na cara e calem-se ! Não procurem aparentar hombridade, honra ou coragem aqueles que não tem sequer capacidade de enfrentar agentes do partido disfarçadas de enfermeiras brasileiras dentro dos hospitais.
 
Nada em parte alguma nem tempo algum pode ser mais nojento do que a falsa afetação..do que a fanfarronice e as bravatas dos que vão se calar e a tudo assistir como carneirinhos quando expostos a injustiça. A classe médica brasileira chegou ao fundo do poço. Se o partido religião hoje quisesse, extinguiria como uma canetada o exercício da profissão no Brasil enquanto entidades e grupos de facebook se manifestariam em intermináveis reuniões, em “a pedidos” nos jornais e outras palhaçadas em que a preocupação é “não perder o foco” e não “agir com preconceitos contra partidos e opiniões diferentes”. Calados e morrendo de medo, não temos sequer coragem de EXIGIR do Conselho Federal que pagamos todos os anos a lista com o nome dos traidores da profissão que servem de tutores de cubanos no Brasil !
 
É tão covarde a posição de cada “entidade” (CFM, Sindicatos, AMB, FENAM) que elas não tem sequer personalidade para se apresentarem separadas...para discordarem (se necessário) uma das outras e dizer de uma vez por todas e para sempre que o problema fundamental..o único, definitivo e inquestionável problema chama-se Partido dos Trabalhadores..um partido de assassinos de prefeitos, de aliados do Foro de São Paulo, de adeptos da liberação da maconha, da não internação dos viciados em crack..enfim..de uma verdadeira legião de bandidos e vagabundos que odeiam e querem liquidar com os médicos.
Cada vez que assisto a uma manifestação do Conselho Federal de Medicina não posso deixar de me recordar de um trecho de um filme chamado “Exorcista III”... num impressionante diálogo entre um policial e um paciente psiquiátrico que tendo incorporado um espírito demoníaco dirige-se ao investigador e num ar de lamento sentencia:
 
“Os mortos deveriam permanecer calados... A menos que tivessem alguma coisa para dizer”.

02 de setembro de 2014
Milton Simon Pires é Médico.

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