Em debate no SBT, Dilma mostra que é forte candidata ao manicômio mais próximo, não à Presidência
Diante do avanço de Marina Silva nas pesquisas eleitorais e da ameaça que representa a candidata do PSB à Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores não apenas acionou a catapulta da mitomania, mas reforçou o estoque de mentiras.
No debate entre presidenciáveis realizado na segunda-feira (1) pelo SBT em parceria com a “Folha de S. Paulo”, UOL e rádio Jovem Pan, a petista Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, disse que a crise econômica que devasta o Brasil é pontual e causada pelo cenário internacional.
Como sabem os brasileiros de bem, a crise é resultado da incompetência de um governo que depois de três anos e meio de gestão e mais de duas dúzias de medidas de estímulo à economia não conseguiu colocar a nação na rota do progresso e do desenvolvimento.
Para piorar o que já é ruim em termos de desculpas esfarrapadas, Dilma ousou afirmar que a inflação está próxima de zero. Ora, se o Banco Central, órgão do governo responsável pela política monetária, continua lutando para tentar levar a inflação oficial para o centro da meta, ao mesmo tempo em que o IBGE mostra que o IPCA está a um passo de 6,5% ao ano (teto da meta), a fala da presidente é uma aberração como “nunca antes na história deste país”.
Dilma “precisa” vencer nas urnas de outubro próximo para evitar que o PT desapareça em meio a escândalos ainda escondidos, mas não será com essa estratégia rasteira e desesperada que os “companheiros” conseguirão mudar um cenário que se avizinha cada vez mais do irreversível.
A atitude irresponsável e insana de Dilma ao dizer que a inflação está próxima de zero mostra que a petista é candidata a um manicômio qualquer, não à Presidência.
Para chegar a essa conclusão não é preciso qualquer dose extra de massa cinzenta, pois os números da economia nacional falam por si só. Na última sexta-feira, 29 de agosto, o IBGE divulgou dados desastrosos sobre a economia brasileira, que ingressou na seara da recessão técnica, situação inédita desde a crise mundial de 2008-2009. A queda do PIB no segundo trimestre deste ano foi de 0,6% em relação ao trimestre anterior.
No período, a indústria apresentou retração de 1,5%, enquanto os investimentos despencaram 5,3%, entre outras tristes estatísticas. O IBGE revisou o resultado do PIB no primeiro trimestre de 2014, que passou de 0,2% para -0,2%. Mesmo assim, Dilma afirmou durante o debate que o Brasil não está em recessão.
Dilma insiste em culpar a crise internacional, como já mencionado, mas apenas o Japão apresentou resultado pior que o Brasil entre as principais economias que já divulgaram o resultado do período. No desgoverno de Dilma Rousseff, a economia brasileira foi a de menor crescimento entre todas as da América do Sul.
Enquanto se afoga em desculpas e discursos embusteiros, o governo do PT continua apostando no consumo interno como forma de reverter uma crise que só cresce. Uma decisão irresponsável e descabida, que tem levado os brasileiros a clamarem insistentemente por mudanças.
O juro do empréstimo à pessoa física, por exemplo, chegou a 43,2% em julho, o maior desde 2011. Sem contar a taxa básica de juro, a Selic, que segue em 11% ao ano. Com a corda no pescoço, muitas famílias enfrentam sérias dificuldades para pagar suas dívidas.
Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostra que o percentual de famílias com débitos passou de 63% em julho para 63,6% em agosto. Fora isso, os índices de inadimplência continuam assustando.
Ou seja, os números comprovam o quão equivocado foi o estímulo descontrolado do governo petista ao consumo, algo que começou em dezembro de 2008, quando Lula classificou a crise internacional como “marolinha”.
Como se não bastassem os erros cometidos ao longo de mais de uma década, o governo petista age na contramão do próprio discurso. Dilma e seus estafetas gazeteiam investimentos em mobilidade urbana, ao mesmo tempo em que anunciam ampliação do crédito ao consumidor para a aquisição de automóveis. Mesmo com essas estratégias mirabolantes, o setor automotivo continua sofrendo.
Ao governo não parece importar a necessidade de planejamento ao tratar da coisa pública. A conta decorrente da falta de planejamento, da desorganização, da incompetência, da interferência indevida e da demagogia petista ficará para os brasileiros e para o setor produtivo.
De acordo com a consultoria Safira Energia, os consumidores pagarão por uma tarifa de luz mais cara, em média 24%, no próximo ano e em 2016. Tal estimativa, confirmada por outras empresas do mercado, é pelo menos 12 pontos percentuais maior que a previsão do governo petista.
A situação torna-se ainda mais grave se considerarmos que Dilma antecipou a renovação de contratos de concessão do setor energético, apenas para ter a possibilidade de fazer um discurso populista sobre redução da conta de luz.
Apesar dessa enxurrada de números econômicos incontestáveis, Dilma Rousseff não poupa críticas aos adversários e diz que “quem sempre fez continuará fazendo”. Isso significa que se Dilma vencer, a lambança será ainda maior.
03 de setembro de 2014
ucho.info
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