Se é verdade, conforme declarado recentemente pela presidente Dilma, em ritmo de caça de votos, que a situação econômica durante o governo FHC era tal que o país estava completamente endividado, mais que a atual Argentina de Kirchner, com uma política de juros altos e que naquela época "o Brasil quebrou três vezes" (sic), fica difícil entender como o povo deu mostras de confiança naquele governo, de tal forma que a única ocasião da chamada nova república na qual se verificou uma reeleição em primeiro turno, ocorreu quando Fernando Henrique foi reconduzido pelo voto ao poder. Como admitir, assim, que houve tempo nessas circunstâncias de o Brasil ter quebrado tantas vezes?
Ou Dona Dilma está de novo meramente lendo o que lhe mandaram ler ou acaba de dar mais uma demonstração de equívoco de sua campanha eleitoral, ao insistir em manter o foco em supostos erros do passado, sem admitir os desastres que estão levando o Brasil de hoje a uma situação de pouco crescimento de sua economia, à fama de alta corrupção na política, a visíveis agressões ao regime democrático, evidenciadas pelas recentes interferências do Planalto nos perfis digitais de jornalistas e pelas deselegantes opiniões de seu guru e construtor de postes Lula, que ainda não saiu do palácio, sobre as atitudes de funcionários de instituições bancárias, posteriormente demitidos por sua influência, que ousaram colocar em dúvida a capenga política econômica do governo.
Dona Dilma, que tal começar a se preocupar com o futuro? Deixe FHC para lá, ele já se elegeu em primeiro turno, o que Lula não conseguiu e se apresenta difícil para a senhora hoje em dia.
13 de agosto de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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