"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de julho de 2014

PESQUISAS ACENDEM SINAL VERMELHO NO PALÁCIO DO PLANALTO


 



No Palácio do Planalto, o clima é de apreensão, sobretudo porque Dilma perdeu quase toda a vantagem que tinha sobre a oposição nas pesquisas de intenção de voto. A popularidade da presidente está em queda em todas as regiões, com o índice de rejeição atingindo patamares recordes. Os assessores presidenciais admitem que não será fácil para a candidata petista explicar o porquê de ter empurrado a economia para a recessão.

O discurso de que os pessimistas são contra um projeto de 12 anos, que promoveu a ascensão social de mais de 40 milhões de brasileiros, já não cola. É justamente nessa nova classe média que se nota o crescente descontentamento com o governo. O temor de perder conquistas tão importantes está evidente. E vai se refletir por meio de muitos votos.

Integrantes da campanha da presidente Dilma reconhecem que ninguém tem mais a ganhar do que ela, se anunciar, antes das eleições, qual será sua equipe econômica em um eventual segundo mandato. Ainda que timidamente, os auxiliares petistas reconhecem que o Planalto é a principal fonte de incerteza que hoje está travando o país. O ideal, reconhecem, é que ela dê um choque de credibilidade, com nomes fortes, pois, depois de quatro anos prometendo e não cumprindo, não será qualquer pessoa para comandar o Ministério da Fazenda, por exemplo, que mudará o humor de empresários e investidores.

PRAZO ÀS ELÉTRICAS

Nada indica que o governo fechará até o fim do mês o novo empréstimos de R$ 6,5 bilhões para socorrer as distribuidoras de energia e evitar um aumento maior na conta de luz. Há muitos pontos a serem amarrados com os bancos convidados a abrirem o caixa. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por sinal, já foi avisada de que poderá ser obrigada a adiar, mais uma vez, o acerto de conta das empresas. O prazo inicial era 15 de julho, mas foi estendido para o dia 31.

29 de julho de 2014
Vicente Nunes
Correio Braziliense

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