"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de julho de 2014

PARA SER DEPUTADO PELO DF, É PRECISO GASTAR PELO MENOS R$ 1,5 MILHÃO



 
Para conquistar um mandato na Câmara Legislativa ou no Congresso Nacional, em Brasília os candidatos terão que gastar muito mais do que sola de sapato. Além de rodar o Distrito Federal no corpo a corpo com o eleitorado, os concorrentes vão precisar investir alto na campanha. A estimativa do custo de um mandato de deputado distrital este ano supera R$ 500 mil.

No caso de desconhecidos da população, o valor será ainda maior. Na corrida por um mandato de deputado federal, o valor individual necessário deve passar de R$ 1,5 milhão. As cifras são bem maiores do que a média gasta pelos eleitos em 2010. Na última disputa no DF, cada distrital eleito gastou, em média, R$ 332,6 mil. Os federais que chegaram ao Congresso há quatro anos desembolsaram uma média de R$ 1 milhão cada um. Durante a campanha, os candidatos precisam de combustível, material gráfico, pagamento de cabos eleitorais e aluguel de imóveis e de veículos, como carros de som. Alimentação, produção de jingles, manutenção de páginas na internet, contas de telefone, gastos de energia nos comitês e até o pagamento de multas por descumprimento da legislação eleitoral têm que entrar na lista de gastos.
 
BRIGA NO DEM

Para conseguirem os recursos necessários de forma legal, os candidatos recorrem a doações de pessoas físicas e jurídicas, doações pela internet, fundo partidário, comitês de campanha e, na maioria das vezes, colocam a mão no bolso para usar recursos próprios. Também há casos de candidatos que ajudam outros, na maioria das vezes concorrentes a cargos distintos.
Na semana passada, o financiamento de campanhas ganhou ares de polêmica por causa de um embate interno no DEM. O presidente regional do partido, Alberto Fraga, registrou ocorrência contra a candidata a distrital Denise Leitão Rocha por calúnia e difamação. Segundo Fraga, Denise teria cobrado R$ 400 mil para pagar os custos da campanha e, diante da negativa, teria agredido o correligionário em redes sociais.
Ela nega ser a autora dos xingamentos, mas garante que ouviu de Fraga a promessa de ajuda financeira ao ser convidada a se filiar no DEM. “Só posso oferecer um kit com santinhos e adesivos, como é com os outros concorrentes a distrital”, afirma Fraga.

### NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGO Distrito Federal é a menor unidade da Federação, a campanha é concentrada e fica mais barata. No Estados maiores e mais importantes, o custo de uma campanha para deputado federal pode chegar a 5 milhões. País rico é assim mesmo. (C.N.)
 
29 de julho de 2014
Helena Mader e Almiro Marcos
Correio Braziliense

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