Principais aspirantes a presidente evitam falar do assunto em suas campanhas, mas é fundamental que dialoguem com a sociedade
Até quando os candidatos a presidente da República vão evitar o debate sobre a condução da economia a partir de 2015?
Os principais aspirantes ao cargo têm fugido do assunto, seja pela falta de clareza do que fazer, seja pelo temor de discutir em público as asperezas das medidas necessárias a fim de o país voltar a crescer. No entanto, a pressão da realidade pode tirar os postulantes desse silêncio confortável.
Os desarranjos manifestam-se cada vez mais no cotidiano. Havia o efeito da inflação, em especial a de alimentos, que ainda causa desassossego. Agora, o resfriamento econômico reflete-se no ritmo declinante do aumento dos salários.
Os indicadores mais recentes de rendimentos do trabalho dizem respeito em geral ao período entre o final de 2013 e o primeiro terço deste ano. Evidenciam a drástica redução da velocidade dos reajustes salariais, para menos da metade do verificado até 2012.
Desde o segundo trimestre deste ano, a situação apenas se degradou. Os maiores candidatos a presidente, ainda assim, limitam-se a declarar compromissos vagos com estabilidade econômica e princípios genéricos de política, tais como controle fiscal, câmbio flutuante e inflação contida por metas.
Considerados os variadíssimos modos e resultados dos últimos 15 anos de administração em tese orientada por aquelas diretrizes, é fácil perceber que adesões insossas ao chamado tripé econômico têm escasso significado.
Quando não driblam as exigências de clareza de propósitos, os postulantes dedicam-se à enumeração de medidas pontuais, ao respaldo e às promessas de expansão de programas sociais populares.
Os projetos não se organizam em algo que pareça um programa de governo, tampouco soam compatíveis com as limitações da receita federal, que praticamente não cresceu neste ano e terá aumentos no máximo modestos até a metade do próximo governo.
Pode ser que, por ilusão de esperteza política, os candidatos ainda se recusem a ser claros a respeito de restrição de gastos, do combate à inflação, de financiamento da bancos estatais a empresas, de reajustes do valor de benefícios sociais ou das reformas necessárias para que se altere o padrão de desenvolvimento brasileiro.
No entanto, o debate acerca da economia vai chegando às ruas, agora que a campanha começa. Torna-se cada vez mais difícil fugir à responsabilidade de dialogar com a sociedade sobre o governo econômico do próximo mandato.
Até quando os candidatos a presidente da República vão evitar o debate sobre a condução da economia a partir de 2015?
Os principais aspirantes ao cargo têm fugido do assunto, seja pela falta de clareza do que fazer, seja pelo temor de discutir em público as asperezas das medidas necessárias a fim de o país voltar a crescer. No entanto, a pressão da realidade pode tirar os postulantes desse silêncio confortável.
Os desarranjos manifestam-se cada vez mais no cotidiano. Havia o efeito da inflação, em especial a de alimentos, que ainda causa desassossego. Agora, o resfriamento econômico reflete-se no ritmo declinante do aumento dos salários.
Os indicadores mais recentes de rendimentos do trabalho dizem respeito em geral ao período entre o final de 2013 e o primeiro terço deste ano. Evidenciam a drástica redução da velocidade dos reajustes salariais, para menos da metade do verificado até 2012.
Desde o segundo trimestre deste ano, a situação apenas se degradou. Os maiores candidatos a presidente, ainda assim, limitam-se a declarar compromissos vagos com estabilidade econômica e princípios genéricos de política, tais como controle fiscal, câmbio flutuante e inflação contida por metas.
Considerados os variadíssimos modos e resultados dos últimos 15 anos de administração em tese orientada por aquelas diretrizes, é fácil perceber que adesões insossas ao chamado tripé econômico têm escasso significado.
Quando não driblam as exigências de clareza de propósitos, os postulantes dedicam-se à enumeração de medidas pontuais, ao respaldo e às promessas de expansão de programas sociais populares.
Os projetos não se organizam em algo que pareça um programa de governo, tampouco soam compatíveis com as limitações da receita federal, que praticamente não cresceu neste ano e terá aumentos no máximo modestos até a metade do próximo governo.
Pode ser que, por ilusão de esperteza política, os candidatos ainda se recusem a ser claros a respeito de restrição de gastos, do combate à inflação, de financiamento da bancos estatais a empresas, de reajustes do valor de benefícios sociais ou das reformas necessárias para que se altere o padrão de desenvolvimento brasileiro.
No entanto, o debate acerca da economia vai chegando às ruas, agora que a campanha começa. Torna-se cada vez mais difícil fugir à responsabilidade de dialogar com a sociedade sobre o governo econômico do próximo mandato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário