Muita animação…
Na Convenção Nacional do PT realizada este sábado em Brasília, na qual os adeptos do movimento “Volta, Lula” foram proibidos de subir à tribuna, confirmou-se a candidatura oficial da presidente Dilma Rousseff à reeleição. Os adeptos da substituição de Dilma por Lula eram amplamente majoritários, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aceitou a indicação e proibiu seus seguidores de defenderem seu nome durante a Convenção.
A decepção dos petistas foi enorme, porque todos sabem que será muito difícil ganhar a eleição com Dilma na condição de cabeça de chapa. A ampla maioria dos delegados preferia lançar logo o nome de Lula, porque todas as pesquisas indicam que ele tem muito mais chances do que ela.
Na véspera da Convenção, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já havia advertido para a dificuldade desta campanha. “Já se tornou lugar comum dizer que esta eleição será a mais dura, a mais difícil de todas. E os fatos mostram que sim. Passados quase 12 anos da vitória histórica de Lula em 2002 e três e meio da posse de Dilma em 2011, o Brasil é outro”, reconhece o dirigente partidário.
A CULPA É DA IMPRENSA
Hoje, no discurso de abertura da Convenção, Rui Falcão fez duras críticas à imprensa, defendeu a regulação da mídia e atacou opositores da “direita”, a quem chamou de “neoliberais da herança maldita”. Disse que enfrentaram um “ataque feroz dos que desejam o retorno ao passado” e que a ofensiva agora aumentou.
“Juntaram-se em bloco à direita de sempre, hostil e truculenta, os neoliberais da herança maldita (…) e no papel de porta-voz o oligopólio da mídia, que golpeia, falseia, manipula, distorce, censura e suprime fatos no intento de nos derrotar” — disse Falcão, e a plateia entoou cantos de “mídia fascista, sensacionalista”. Ele classificou a imprensa de “arautos do pessimismo, do fracasso, do mau-humor”. Disse também que “[eles] jogam na torcida do contra, do quanto pior melhor, esperando ganhar votos com a desinformação a expectativa de notícias negativas”.
LULA E A “CRIATURA”
“Está chegando o momento em que a gente vai provar mais uma coisa neste país. A gente vai provar que é possível uma presidenta e um ex-presidente terminarem o seu mandato sem que haja nenhum atrito entre os dois, numa demonstração de que é plenamente possível um criador e a criatura viverem juntos em harmonia”, disse Lula em seu discurso, tentando sepultar as divergências entre ele e a sucessora. Em seguida, demagogicamente disse que todas as vezes em que os dois divergirem, Dilma estará certa e ele, errado…
E enquanto era confirmada a candidatura de Dilma sem aquela empolgação das convenções do PT de antigamente, os dirigentes do PSDB e do PSB comemoravam a escolha, pois o grande temor deles era justamente enfrentar Lula nas urnas.
Detalhe importante: a vaia que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, levou na convenção petista também foi festejada pelos tucanos, que ainda sonham em ter o pessedista Henrique Meirelles como companheiro de chapa de Aécio Neves.
21 de junho de 2014
Carlos Newton
Na Convenção Nacional do PT realizada este sábado em Brasília, na qual os adeptos do movimento “Volta, Lula” foram proibidos de subir à tribuna, confirmou-se a candidatura oficial da presidente Dilma Rousseff à reeleição. Os adeptos da substituição de Dilma por Lula eram amplamente majoritários, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aceitou a indicação e proibiu seus seguidores de defenderem seu nome durante a Convenção.
A decepção dos petistas foi enorme, porque todos sabem que será muito difícil ganhar a eleição com Dilma na condição de cabeça de chapa. A ampla maioria dos delegados preferia lançar logo o nome de Lula, porque todas as pesquisas indicam que ele tem muito mais chances do que ela.
Na véspera da Convenção, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já havia advertido para a dificuldade desta campanha. “Já se tornou lugar comum dizer que esta eleição será a mais dura, a mais difícil de todas. E os fatos mostram que sim. Passados quase 12 anos da vitória histórica de Lula em 2002 e três e meio da posse de Dilma em 2011, o Brasil é outro”, reconhece o dirigente partidário.
A CULPA É DA IMPRENSA
Hoje, no discurso de abertura da Convenção, Rui Falcão fez duras críticas à imprensa, defendeu a regulação da mídia e atacou opositores da “direita”, a quem chamou de “neoliberais da herança maldita”. Disse que enfrentaram um “ataque feroz dos que desejam o retorno ao passado” e que a ofensiva agora aumentou.
“Juntaram-se em bloco à direita de sempre, hostil e truculenta, os neoliberais da herança maldita (…) e no papel de porta-voz o oligopólio da mídia, que golpeia, falseia, manipula, distorce, censura e suprime fatos no intento de nos derrotar” — disse Falcão, e a plateia entoou cantos de “mídia fascista, sensacionalista”. Ele classificou a imprensa de “arautos do pessimismo, do fracasso, do mau-humor”. Disse também que “[eles] jogam na torcida do contra, do quanto pior melhor, esperando ganhar votos com a desinformação a expectativa de notícias negativas”.
LULA E A “CRIATURA”
“Está chegando o momento em que a gente vai provar mais uma coisa neste país. A gente vai provar que é possível uma presidenta e um ex-presidente terminarem o seu mandato sem que haja nenhum atrito entre os dois, numa demonstração de que é plenamente possível um criador e a criatura viverem juntos em harmonia”, disse Lula em seu discurso, tentando sepultar as divergências entre ele e a sucessora. Em seguida, demagogicamente disse que todas as vezes em que os dois divergirem, Dilma estará certa e ele, errado…
E enquanto era confirmada a candidatura de Dilma sem aquela empolgação das convenções do PT de antigamente, os dirigentes do PSDB e do PSB comemoravam a escolha, pois o grande temor deles era justamente enfrentar Lula nas urnas.
Detalhe importante: a vaia que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, levou na convenção petista também foi festejada pelos tucanos, que ainda sonham em ter o pessedista Henrique Meirelles como companheiro de chapa de Aécio Neves.
21 de junho de 2014
Carlos Newton
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