"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 21 de junho de 2014

O VERMELHO



O símbolo da copa no Brasil, logo que foi divulgado, suscitou algumas observações críticas em virtude do  vermelho ter sido escolhido para colorir  os dígitos do ano, 2014, - ano de tentativa de reeleição - que fazem parte do logotipo. 

O argumento dos que à época reagiram era de que a referida cor não era uma das representativas da bandeira nacional, com a ressalva simultânea a sugerir que a escolha fora decidida por influência, ou talvez determinação, da cúpula governamental pertencente ao PT, vermelho, o que dava ao partido uma proeminência indesejável e desnecessário quando se trata de símbolos e tonalidades nacionais, além de politizar uma marca que devia ser mantida ao largo de tais implicações. 

Entretanto, seria razoável supor que a adoção do vermelho no símbolo não devesse inspirar qualquer tipo de objeção, sendo atribuída tão somente à busca, pelos designers responsáveis pela criação, de uma harmonização estética. 

Porém, com a crise de confiança, a mãe de todas as crises, entre as inúmeras que estamos vivendo, mais intensa na interação governante-governados e eleitos-eleitores, e nas verborragias originadas do presidente virtual, Lula, que nunca soube de nada e de nada se lembra, ao dar, a todo momento, vazão à sua intenção explícita, desde que assumiu o poder, de dividir a sociedade através dos recorrentes "nós e eles" em seus discursos e da recente atribuição desatinada da responsabilidade "dazelite", pelas recentes vaias e xingamentos a  

Dilma na Arena Coríntias, que nada expressaram além de  desabafo pela insatisfação com um desastroso governo, não há como fugir da suposição de que realmente houve uma determinação de incluir o vermelho no símbolo da copa, com fins subliminares puramente políticos. 

O resultado prático de toda essa manobra  visando a reafirmar a superposição dos objetivos do PT em detrimento dos interesses do país, é o lançamento frequente e desagradável nos rostos dos espectadores de um suspeito conjunto de símbolos vermelhos nas nossas telas.  

Difícil aguentar.

21 de junho de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário