Uma pessoa exposta a constantes estímulos contraditórios pode acabar vítima de profunda dissonância cognitiva. É a própria capacidade de raciocinar que sai afetada neste processo, quando alguém – especialmente um jovem aluno – escuta um idolatrado professor dizer “A” e, no instante seguinte, negar o mesmo “A”. A confusão é enorme e o rapaz pode não se recuperar.
É o tema do artigo publicado hoje na Folha por Olavo de Carvalho, que vem condenando essa doutrinação ideológica deliberada no ensino brasileiro há décadas, acusando essa verdadeira máquina de produzir imbecis. Olavo cita um caso concreto de um desses professores esquerdistas, mostrando como essa turma cai em contradição e nega o que acabou de dizer no segundo seguinte. É o velho duplo padrão da esquerda, já bastante conhecido pelo leitor do blog.
O exemplo citado é sintomático, pois o vemos diariamente no discurso esquerdista. As milhões de mortes produzidas pelo comunismo nunca são responsabilidade direta do comunismo, ou são relativizadas, como se contar cadáveres fosse desnecessário ou mesmo insensível. Por outro lado, os menos de 500 mortos pelas duas décadas de regime militar são prova da violência, crueldade e agressão do anticomunismo. Olavo diz:
Quando um comunista esperneia contra o que chama de “contabilidade macabra”, tem, é claro, uma boa razão para fazê-lo. Contados os cadáveres, é impossível negar que o comunismo foi o flagelo mais mortífero que já se abateu sobre a humanidade. Diante disso, só resta apegar-se ao subterfúgio insano de que o macabro não reside em fazer cadáveres e sim em contá-los.
Somando à insanidade o fingimento, a proibição de contar tem de ser suspensa quando se fala de regimes “de direita”, donde se conclui que os 400 terroristas mortos no regime militar – a maioria deles de armas na mão – são um placar muito mais hediondo e revoltante do que os 100 milhões de civis desarmados que os heróis do comunismo assassinaram na URSS, na China, na Hungria, em Cuba etc.
[...]
Se nas universidades brasileiras há uma quota de 40 a 50% de alunos analfabetos funcionais, isso não se deve só a uma genérica “má qualidade do ensino”, mas ao fato de que há décadas o discurso comunista e pró-comunista onipresente espalha, nas mentes dos estudantes, doses maciças de estimulação contraditória e obstáculos cognitivos estupefacientes.
Quem nega a doutrinação ideológica marxista em nossas escolas e universidades ou vive em outro planeta, ou age com má-fé. E quem nega o efeito perverso disso na capacidade cognitiva dos alunos só pode ser um alienado. Mais fácil repetir que tudo não passa de paranoia anticomunista, o que já trai a própria alienação, comprovando justamente aquilo que se pretende negar.
21 de junho de 2014
21 de junho de 2014
Rodrigo Constantino
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