Razão mesmo tem mestre Hélio Fernandes, aliás, há muitas décadas, quando diz que no Brasil o dia seguinte sempre consegue ficar um pouquinho pior do que a véspera.
No meio dessa lambança explícita dos partidos da base do governo para embaralhar as cartas das eleições de outubro, quem se destacou esta semana foi o PR – Partido da República. Primeiro porque suas decisões provém das celas da Papuda, de onde o ex-deputado Valdemar Costa Neto continua dirigindo o partido.
Depois porque diante de óbvia queda nos índices de preferência da presidente Dilma, nas pesquisas eleitorais, esses republicanos de duvidosas intenções acabaram dando o ultimato: ou ela demitia o ministro dos Transportes, César Borges, ou eles passariam a apoiar Aécio Neves.
No meio dessa lambança explícita dos partidos da base do governo para embaralhar as cartas das eleições de outubro, quem se destacou esta semana foi o PR – Partido da República. Primeiro porque suas decisões provém das celas da Papuda, de onde o ex-deputado Valdemar Costa Neto continua dirigindo o partido.
Depois porque diante de óbvia queda nos índices de preferência da presidente Dilma, nas pesquisas eleitorais, esses republicanos de duvidosas intenções acabaram dando o ultimato: ou ela demitia o ministro dos Transportes, César Borges, ou eles passariam a apoiar Aécio Neves.
Esquecem-se de que nos primeiros meses de governo, Dilma precisou afastar Alfredo Nascimento, que ocupava o ministério, acusado de flagrantes irregularidades. Assumiu Paulo Sérgio Passos, técnico e não político, mas logo o PR exigiu sua defenestração: ele não estava disposto a encobrir negócios especiais no ministério.
Para compor a situação, já tendo abandonado o ânimo de moralizar seu governo, a presidente aceitou a indicação de César Borges, aliás, um excelente senador e ex-governador da Bahia. O problema é que o novo ministro também não se dispôs a chefiar um balcão de negócios e começou a ser hostilizado pelos dirigentes do próprio partido, que dormiram na pontaria.
Para compor a situação, já tendo abandonado o ânimo de moralizar seu governo, a presidente aceitou a indicação de César Borges, aliás, um excelente senador e ex-governador da Bahia. O problema é que o novo ministro também não se dispôs a chefiar um balcão de negócios e começou a ser hostilizado pelos dirigentes do próprio partido, que dormiram na pontaria.
Agora, com a reeleição de Dilma sendo posta em xeque, abriu-se a temporada de nova chantagem: ou a presidente demite César Borges ou o PR manda-se para os tucanos. Aceitam até a volta de Paulo Sérgio Passos, a quem devem ter pressionado para tornar-se um ministro diferente do que foi na primeira vez.
Mais desonesta fica a equação quando se ouve que Dilma aceitou a pressão para demitir o ainda ministro. Nada a ver com seus planos de recuperação dos Transportes, muito menos diante de sua performance elogiável até agora. Sequer cogita-se da evidência de que o ministério tem sobrevida até 31 de dezembro, reelegendo-se ou não a presidente.
Ceder à chantagem costuma ser tão vil quanto promovê-la, mas é o que acontece. A ameaça de debandada dos partidos da base oficial corporifica-se a cada dia. O PTB já abandonou o governo, o PMDB apresenta-se rachado em muitos estados. O PP hesita e o PSD finge-se de morto. Convenhamos, o dia seguinte não parece pior do que a véspera?
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