"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 24 de junho de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO 2

Bacanal eleitoral: Marina pode largar Eduardo, desejado por Aécio, que desarma alianças frágeis do PT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Marina Silva pode concorrer ao Senado, cargo para o qual acha que tem mais chances de se manter poderosa e visível, desistindo de ser vice de Eduardo Campos. Aécio Neves comemora o boato, pois gostaria de ter o socialista como vice, já que encontra dificuldades para fechar com Henrique Meirelles. Filiado ao PSD, ele encontra dois obstáculos. A indecisão de Gilberto Kassab, que flerta com os tucanos, mas promete manter a conjunção carnal com os petistas, e a animosidade com o economista Armínio Fraga – também ex-presidente do Banco Central do Brasil, que comanda a formulação econômica de Aécio.

Dilma Rousseff, que já foi abandonada na urna funerária pelo PTB, corre o risco também de perder o apoio do PR. A petista, com DNA brizolista, também lamenta ter perdido o apoio do “amigo” Sérgio Cabral Filho. A adesão de Cabralzinho ao “Aezão” - apoio a Aécio, que apoia a releeição de Luiz Pezão, contra o Lindbergh Farias, que obteve o desastroso milagre de levar o craque Romário (PSB) a fazer um gol contra ao apoiá-lo. Em seu facebook, o “Baixinho” levou mais pancada dos eleitores enfurecidos que dos zagueiros que o perseguiam nos tempos de jogador de futebol.  

O Prefeito do Rio de Janeiro, o peemedebista Eduardo Paes, foi quem melhor cunhou um termo chulo para definir a atual conjuntura política marcada por acordos impensáveis e por traições repentinas ou inesperadas. Estamos em meio a uma “Bacanal Eleitoral”. A definição é uma evolução do conceito usado pelo deputado Alfredo Sirkis para denominar as alianças nas eleições fluminenses: “suruba eleitoral”.

No bacanal ou na suruba, quem mais perde é o Partido dos Trabalhadores. O partido dos traíras, cuja cúpula sempre falhou no cumprimento de acordos de campanha, mantém um casamento de fachada (pela metade) com o PMDB. Estratégicamente, Michel Temer e a direção peemedebista continuam com o governo, até a hora que o PTitanic afundar de vez. A outra banda, liderada por Eduardo Cunha, voou para o ninho do tucano Aécio. Governista eterno, o PMDB ganha de todo jeito. Não importa quem vença.

Aécio Neves age nos bastidores com o espírito de seu avô Tancredo Neves, para desmontar as frágeis alianças petistas que pareciam consolidadas, mas eram tão sólidas que desmancham no ar (como diria o velho Karl Marx). Muitas surpresas ainda devem ocorrer na campanha presidencial que promete ser a mais violenta e cheia de traições, desde o tempo em que Fernando Collor (hoje aliadíssimo do PT) foi eleito.

Aliste-se para a guerra



Releia o artigo de domingo: A Derrota da Luta Armada Eletrônica

Aquartelando-se, FHC?

Um dos maiores mistérios políticos dos últimos tempos é saber o que Fernando Henrique Cardoso foi fazer, segunda-feira da semana passada, na sede do Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, em visita agendada, a pedido dele próprio, na sexta-feira anterior.

O ex-Presidente ficou mais de duas horas no quartel do Ibirapuera – que é uma obra arquitetônica do comunista Oscar Niemeyer -, sendo diplomaticamente recebido pelo comandante, o General de Exército João Camilo Pires de Campos.

Não se sabe se FHC conversou sobre o Decreto 8243 – que muitos militares da ativa e na reserva consideram um “golpe institucional” baixado pela Comandanta em Chefa Dilma Rousseff.

DNA militar inegável

FHC nunca foi chegado aos ambientes de quartel, e sempre posou de “exilado” do regime de 1964.

FHC é filho do General de brigada Leônidas Cardoso (um nacionalista que liderou a campanha do “Petróleo é Nosso” e chegou a ser deputado federal pelo PTB de Getúlio Vargas).

Neto do também General de brigada Joaquim Ignácio Baptista Cardoso (que participou do Movimento Tenentista nas décadas de 20 e 30).

E bisneto do Alferes (Capitão) Felicíssimo do Espírito Santo (que o escritor Laurentino Gomes, no livro 1989, revela ter ameaçado fuzilar D. Pedro II e a família real, caso resistissem ao exílio imposto pela República).

Na mira dos investidores

A Presidenta Dilma Rousseff pode ter uma surpresa política desagradável causada por investidores internacionais da Petrobras.

Eles insistem na tese de que ela, quando foi presidente do conselho de administração da empresa, no governo Lula da Silva, teve total responsabilidade pelos atos lesivos contra a empresa, como a aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, e também dos contratos iniciais para um dos piores negócios da empresa, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

A parceria entre o vivo Lula e o falecido Hugo Chavez, que não saiu do papel, começou custando US$ 2,3 bilhões e, ainda sem se torna realidade, pode chegar a absurdos US$ 20,1 bilhões, até o final do ano.

Alvo indireto é o Paulo Roberto

O caso da Abreu e Lima, cheio de contratos superfaturados, é investigado, minuciosamente, pela Operação Lava Jato, pois mexe com o esquema do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa...

Atualmente na cadeia, preso preventivamente, ele foi presidente do Conselho de Administração da refinaria, quando ela era uma empresa “independente” da Petrobras.
Em dezembro, em decisão de assembleia geral contestada por acionistas minoritários, a RNEST foi incorporada à Petrobras – em uma manobra que mais pareceu uma queima preventiva de arquivo...

O escândalo é investigado por CPIs no Congresso e por ações na Justiça federal, envolvendo o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a Receita Federal e até o Conselho de Atividades Financeiras (o COAF).

Recado dos generais

 https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=nGh3fl-ZydE

Vídeo que circula entre militares, e já no Youtube, com recado direto das legiões para os civis...

Abandonado?

Quem ficou na pior e PT da vida com as alianças doidas do esquema Aezão foi o Prefeito carioca Eduardo Paes – inimigo declarado de Cesar Maia (que vem candidato ao Senado), de Lindbergh Farias (que não tolera) e de Romário (que também vem candidato ao Senado, mas plantando a eleição para o Palácio da Cidade Maravilhosa em 2016).

Tantos problemas justificam o malabarismo político e o termo chulo na nota oficial que Paes soltou ontem, se mantendo no PTitanic Federal, mas fora do barquinho estadual petista, para condenar a desistência do “amigo” Cabral em favor de Cesar Maia:

"Desde 2009, as brigas políticas que nada tinham a ver com o interesse do Rio de Janeiro e dos cariocas foram substituídas por uma aliança capaz de trazer muitas conquistas para a cidade. A parceria entre nós, da prefeitura, o presidente Lula e o governador Cabral - e agora a presidenta Dilma e o governador Pezão - tem permitido tirar do papel projetos há décadas prometidos e inviabilizados justamente pelos constantes desentendimentos entre governantes anteriores. O conjunto de avanços que o Rio e a população vêm colhendo nos últimos anos é resultado de uma soma de forças políticas que têm trabalhado de maneira coerente na busca por uma cidade melhor, mais justa e mais integrada. Em função dessa mesma coerência, e para que o Rio de Janeiro não corra o risco de voltar a ser um campo de batalha onde o maior prejudicado é o cidadão, eu continuo defendendo a chapa Dilma, Pezão e Dornelles (referindo-se a Francisco Dornelles, atual senador pelo PP). Depois da suruba, o que se vê agora é o bacanal eleitoral, e o Rio não pode ser vítima dele".

Nas paradas de sucesso da oposição

 https://www.youtube.com/watch?v=Xl8Fces-hEA&feature=player_embedded

Música “Dilma em desvairada queda”: sucesso nas redes sociais!

Marco Civil da Internet em vigor

A partir de hoje, todos os dados da internet no Brasil serão arquivados, para serem requisitados por ordem judicial.

Aparentemente, só se poderá retirar conteúdos do ar, com determinação da Justiça.

A própria petralhada, que tanta força fez para aprovar o tal Marco Civil da Internet, deve tomar cuidado para seu feitiço não virar contra os aprendizes de feiticeiros – graças as malvadezas que vêm promovendo contra adversários políticos e inimigos, principalmente nas redes sociais.

Verdades e mentiras



 24 de junho de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
  
 
 
 

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