Não restam dúvidas entre os petistas de que a presidente Dilma Rousseff dará a largada na disputa por mais quatro anos no Palácio do Planalto muito mais fraca do que em 2010, quando o Brasil saboreava os ganhos de um crescimento espetacular — 7,5% — e a inflação ainda estava em níveis toleráveis.
Nos três anos e meio de governo, ninguém mais enfraqueceu a candidata Dilma do que a própria Dilma. Ela conseguiu destruir a fama de gerentona, de excelente gestora, e também pôs em risco os pilares da estabilidade econômica — metas de inflação, câmbio flutuante e ajuste fiscal. Eles permitiram a seu antecessor e mentor, Lula, executar políticas sociais que resultaram na ascensão social de quase 40 milhões de pessoas à classe média.
Por ter comandado a Casa Civil no governo Lula, liderando a elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e colocado na rua o Minha Casa, Minha Vida, marqueteiros encarregados da campanha presidencial de 2010 difundiram, de forma eficiente, a imagem de que, eleita, Dilma daria uma eficiência nunca vista à máquina pública. Um ano depois de empossada, porém, o que se viu foi exatamente o contrário. Um governo emperrado, sem projetos e pouco amigável ao capital.
FRAGILIDADES SE AGIGANTARAM
O tempo foi passando e as fragilidades de Dilma se agigantaram. Sem capacidade para delegar, a presidente instalou, no Palácio do Planalto, a política do medo, do grito. Ninguém de sua equipe foi capaz de enfrentá-la e contrapor ideias. Esse quadro de paralisia se consolidou porque a presidente optou por auxiliares pouco capacitados para os cargos. Na escolha, prevaleceram os acordos políticos, em vez de competência.
Tal opção não teria provocado tanto estrago se Dilma não houvesse decidido mudar as bases que garantiram a estabilidade do país. Apoiada em um elevado índice de aprovação popular, ela decidiu adotar uma nova matriz econômica, que levaria o país ao tão sonhado juro real de 2% ao ano. Ao mesmo tempo que abria os cofres e reduzia o superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública), o governo passou a forçar a alta do dólar a fim de estimular a indústria e as exportações.
Mesmo com os efeitos inflacionários das duas medidas, a presidente capturou o Banco Central, que passou a cortar a taxa básica de juros (Selic). Em outubro de 2012, os juros chegaram o piso de 7,25% ao ano, para alegria do Palácio do Planalto, já elencando o feito como uma das bandeiras políticas a serem apresentadas durante a campanha à reeleição. A certeza era de que, com a nova matriz, o Produto Interno Bruto (PIB) deslancharia.
COLEÇÃO DE PIBINHOS
O saldo, contudo, foi mais inflação e uma coleção de pibinhos. Em 10 dos 41 meses da administração Rousseff, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estourou o teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%. E é bem possível que, entre junho e agosto, mais uma vez o limite de tolerância seja rompido.
Quanto ao PIB, há previsões de que o resultado deste ano seja inferior a 1%.
Não bastassem os equívocos ao defender a nova matriz econômica, Dilma, em seu isolamento, criou ruídos enormes no meio empresarial e semeou a desconfiança.
Deixou explícito a sua contrariedade contra o lucro, ponto básico para a sustentação de qualquer negócio.
Amarrou o quanto pôde o processo de concessão de rodovias, portos, aeroportos e rodovias à iniciativa privada. E só se rendeu à privatização porque o país corria o sério risco de parar, inclusive na Copa do Mundo, por falta de infraestrutura.
Por ter comandado a Casa Civil no governo Lula, liderando a elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e colocado na rua o Minha Casa, Minha Vida, marqueteiros encarregados da campanha presidencial de 2010 difundiram, de forma eficiente, a imagem de que, eleita, Dilma daria uma eficiência nunca vista à máquina pública. Um ano depois de empossada, porém, o que se viu foi exatamente o contrário. Um governo emperrado, sem projetos e pouco amigável ao capital.
FRAGILIDADES SE AGIGANTARAM
O tempo foi passando e as fragilidades de Dilma se agigantaram. Sem capacidade para delegar, a presidente instalou, no Palácio do Planalto, a política do medo, do grito. Ninguém de sua equipe foi capaz de enfrentá-la e contrapor ideias. Esse quadro de paralisia se consolidou porque a presidente optou por auxiliares pouco capacitados para os cargos. Na escolha, prevaleceram os acordos políticos, em vez de competência.
Tal opção não teria provocado tanto estrago se Dilma não houvesse decidido mudar as bases que garantiram a estabilidade do país. Apoiada em um elevado índice de aprovação popular, ela decidiu adotar uma nova matriz econômica, que levaria o país ao tão sonhado juro real de 2% ao ano. Ao mesmo tempo que abria os cofres e reduzia o superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública), o governo passou a forçar a alta do dólar a fim de estimular a indústria e as exportações.
Mesmo com os efeitos inflacionários das duas medidas, a presidente capturou o Banco Central, que passou a cortar a taxa básica de juros (Selic). Em outubro de 2012, os juros chegaram o piso de 7,25% ao ano, para alegria do Palácio do Planalto, já elencando o feito como uma das bandeiras políticas a serem apresentadas durante a campanha à reeleição. A certeza era de que, com a nova matriz, o Produto Interno Bruto (PIB) deslancharia.
COLEÇÃO DE PIBINHOS
O saldo, contudo, foi mais inflação e uma coleção de pibinhos. Em 10 dos 41 meses da administração Rousseff, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estourou o teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%. E é bem possível que, entre junho e agosto, mais uma vez o limite de tolerância seja rompido.
Quanto ao PIB, há previsões de que o resultado deste ano seja inferior a 1%.
Não bastassem os equívocos ao defender a nova matriz econômica, Dilma, em seu isolamento, criou ruídos enormes no meio empresarial e semeou a desconfiança.
Deixou explícito a sua contrariedade contra o lucro, ponto básico para a sustentação de qualquer negócio.
Amarrou o quanto pôde o processo de concessão de rodovias, portos, aeroportos e rodovias à iniciativa privada. E só se rendeu à privatização porque o país corria o sério risco de parar, inclusive na Copa do Mundo, por falta de infraestrutura.
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