Artigos - Cultura
Sabe aquele seu amigo que ostenta uma aparente neutralidade, que acredita pairar acima das tensões políticas e que, por essa razão, vende ao público a autoimagem de porta-voz das virtudes, sei lá, de alguma igreja ou religião? Lembrou? Identificou? Pois bem, sugiro que você observe até onde vai a "neutralidade" dele.
Repare o que exatamente ele critica, com o que se revolta, o que, enfim, o motiva a postar algo em sua página no Facebook.
Se a pessoa realmente TENDE a manter-se distante das querelas políticas, se diz que esquerda e direita não prestam, que é apolítico e etc., o mínimo que se espera de tal pessoa ou é um silêncio mais ou menos permanente sobre assuntos político-ideológicos e/ou manifestações que distribuam críticas a todas as vertentes políticas.
Se a pessoa não faz isso, ela não é nem apolítica, nem neutra e muito menos pode fazer tipo de quem professa publicamente somente a crença em uma realidade transcendente que o coloca na vanguarda das sofisticadas correntes da metapolítica.
Vou lhes dar uns exemplos:
a) A pessoa só faz media watch para limpar a barra de ditadores e congêneres.
Recentemente vi algumas pessoas preocupadíssimas em mostrar que Kim Jong Un não queria que todos tivessem cortes de cabelo iguais ao dele. Essas mesmas pessoas não divulgam mais nada sobre o regime de Pyongyang, não denunciam as violações aos direitos humanos, a perseguição aos cristãos, entretanto, manifestam prontidão em desmascarar aquilo que consideram ser "campanhas de difamação" ("burguesas", "atlantistas", "sionistas"...) contra o sacro governo norte-coreano. Não há nisso apreço algum pela verdade, mas tão somente um desejo de mostrar-se superior ao pensamento da "nova direita brasileira", ao "conservadorismo brasileiro" e uma tentativa de salvaguardar o culto aos ícones da geopolítica "multipolar".
b) O indivíduo só sai do Olimpo para divulgar fatos ou fotos que desabonem aqueles que estão ligados a alguém de quem não gosta.
Nesse sentido vale reparar em alguns dos que agora se dedicam a atacar a Raquel Sheherazade, o Paulo Martins e o Jair Bolsonaro. O que este trio denuncia parece não ter importância alguma, não merecendo qualquer tipo de repercussão. A única coisa que parece importar é o fato de que eles são de alguma forma ligados ao Olavo de Carvalho e isso basta para serem alvos da neutralidade seletiva de pessoas mui piedosas.
Eu poderia e realmente gostaria de citar nomes, porém vou deixar isso para outro momento. Só lhes proponho esta pequena observação para que vocês fiquem atentos para com essa neutralidade fajuta, seletiva, soberba e burra que se traveste de ceticismo, pureza evangélica, fidelidade ao cristianismo, etc, mas que não passa de militância mascarada.
* * *
Em 2003, bem antes de Andrei Netto do Estadão bancar o pioneiro em noticiar o fenômeno do eurasianismo, o Olavão já investigava o papel do Sr. Aleksandr Dugin no cenário político russo e já identificava a filiação filosófica dele:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/030426globo.htm
* * *
No Estadão:
“Entidades criticam correção da tabela do IR”
OAB e SINDIFISCO querem AUMENTAR a CARGA TRIBUTÁRIA dos brasileiros. A desculpa é sempre a mesma: a de que a atual tabela do IR prejudica os mais pobres. Utilizar bem o dinheiro arrecadado está fora de questão. Uma vez satisfeitas as pretensões dessas entidades o que se verificará é uma paralisação do potencial produtivo do médio empresariado e, consequentemente, redução no crescimento econômico e o aumento do desemprego.
* * *
“'Ken humano' brasileiro gastou R$ 383 mil em cirurgias plásticas.”
Quando você se sentir um completo imbecil, lembre-se: poderia ser pior.
Se buscar imitar os atributos estéticos de celebridades pode ser algo estúpido, o que dizer de alguém que deseja transformar o próprio corpo para assemelhar-se a um boneco?
11 de maio de 2014
Saulo de Tarso Manriquez é mestre em direito pela PUC-PR.
Repare o que exatamente ele critica, com o que se revolta, o que, enfim, o motiva a postar algo em sua página no Facebook.
Se a pessoa realmente TENDE a manter-se distante das querelas políticas, se diz que esquerda e direita não prestam, que é apolítico e etc., o mínimo que se espera de tal pessoa ou é um silêncio mais ou menos permanente sobre assuntos político-ideológicos e/ou manifestações que distribuam críticas a todas as vertentes políticas.
Se a pessoa não faz isso, ela não é nem apolítica, nem neutra e muito menos pode fazer tipo de quem professa publicamente somente a crença em uma realidade transcendente que o coloca na vanguarda das sofisticadas correntes da metapolítica.
Vou lhes dar uns exemplos:
a) A pessoa só faz media watch para limpar a barra de ditadores e congêneres.
Recentemente vi algumas pessoas preocupadíssimas em mostrar que Kim Jong Un não queria que todos tivessem cortes de cabelo iguais ao dele. Essas mesmas pessoas não divulgam mais nada sobre o regime de Pyongyang, não denunciam as violações aos direitos humanos, a perseguição aos cristãos, entretanto, manifestam prontidão em desmascarar aquilo que consideram ser "campanhas de difamação" ("burguesas", "atlantistas", "sionistas"...) contra o sacro governo norte-coreano. Não há nisso apreço algum pela verdade, mas tão somente um desejo de mostrar-se superior ao pensamento da "nova direita brasileira", ao "conservadorismo brasileiro" e uma tentativa de salvaguardar o culto aos ícones da geopolítica "multipolar".
b) O indivíduo só sai do Olimpo para divulgar fatos ou fotos que desabonem aqueles que estão ligados a alguém de quem não gosta.
Nesse sentido vale reparar em alguns dos que agora se dedicam a atacar a Raquel Sheherazade, o Paulo Martins e o Jair Bolsonaro. O que este trio denuncia parece não ter importância alguma, não merecendo qualquer tipo de repercussão. A única coisa que parece importar é o fato de que eles são de alguma forma ligados ao Olavo de Carvalho e isso basta para serem alvos da neutralidade seletiva de pessoas mui piedosas.
Eu poderia e realmente gostaria de citar nomes, porém vou deixar isso para outro momento. Só lhes proponho esta pequena observação para que vocês fiquem atentos para com essa neutralidade fajuta, seletiva, soberba e burra que se traveste de ceticismo, pureza evangélica, fidelidade ao cristianismo, etc, mas que não passa de militância mascarada.
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Em 2003, bem antes de Andrei Netto do Estadão bancar o pioneiro em noticiar o fenômeno do eurasianismo, o Olavão já investigava o papel do Sr. Aleksandr Dugin no cenário político russo e já identificava a filiação filosófica dele:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/030426globo.htm
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No Estadão:
“Entidades criticam correção da tabela do IR”
OAB e SINDIFISCO querem AUMENTAR a CARGA TRIBUTÁRIA dos brasileiros. A desculpa é sempre a mesma: a de que a atual tabela do IR prejudica os mais pobres. Utilizar bem o dinheiro arrecadado está fora de questão. Uma vez satisfeitas as pretensões dessas entidades o que se verificará é uma paralisação do potencial produtivo do médio empresariado e, consequentemente, redução no crescimento econômico e o aumento do desemprego.
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“'Ken humano' brasileiro gastou R$ 383 mil em cirurgias plásticas.”
Quando você se sentir um completo imbecil, lembre-se: poderia ser pior.
Se buscar imitar os atributos estéticos de celebridades pode ser algo estúpido, o que dizer de alguém que deseja transformar o próprio corpo para assemelhar-se a um boneco?
11 de maio de 2014
Saulo de Tarso Manriquez é mestre em direito pela PUC-PR.
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