"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O RECORDE DE LULA: UMA FACADA NA RAZÃO E UM ASSASSINATO DA VERDADE EM 26 SEGUNDOS

https://www.youtube.com/watch?v=Riix8HUtvL0&feature=player_embedded

O vídeo que registra um trecho do palavrório de Lula no último Encontro Nacional do PT enfileira, em apenas 26 segundos, uma facada nas costas da razão, o extermínio de um plural e outro assassinato da verdade. É coisa de espantar mesmo quem já não se espanta com nada que venha do palanque ambulante.

“Disputa eleitoral é sempre troca de farpa, troca de acusação e nós temos alguns partido (sic) de oposição”, diz o mestre a seus discípulos. Uma eleição pode caber nesse reducionismo mequetrefe no submundo em que o ex-presidente nasceu, vive e morrerá.

Em nações civilizadas, embates decididos nas urnas não têm parentesco com o vale-tudo em que o vitorioso é quem desfere golpes baixos com maior eficiência. Nas democracias de verdade, candidatos lutam por votos amparados em programas, ideias e pontos de vista.

Para concluir o sermão de missa negra, o celebrante se volta para Dilma Rousseff: “Mas o que me causa preocupação, presidenta, é que o principal partido de oposição a Vossa Excelência é a nossa gloriosa imprensa, que é o grande partido de oposição neste país”, capricha na redundância o recordista mundial de mentiras por minuto. O adjetivo “glorioso” identifica o jornalismo independente.
O resto, muito apreciado pelo orador, é o lixão que junta jornais, revistas, canais de TV, emissoras de rádio, sites e blogs a serviço da seita lulopetista e de seu único deus.

Lula finge que a imprensa é um partido oposicionista para escapar de cobranças e perguntas que todo governante é obrigado a enfrentar em países onde efetivamente vigoram a liberdade de expressão e o direito à informação.

Que fim levou a autossuficiência na produção de petróleo proclamada em 2006 pelo fundador do Brasil Maravilha que continua importando milhões de barris?
Ele também nunca soube nada sobre a compra do trambolho de Pasadena?
O que aconteceu para que o preço da Refinaria de Abreu e Lima, tramada em parceria com Hugo Chávez, subisse de US$ 2 bilhões para US$ 20 bilhões?
Um filho de um operário metalúrgico tornar-se multimilionário é apenas um milagre brasileiro?
Onde estão as provas de que o mensalão foi apenas uma trama golpista dos loiros de olhos azuis? Como explicar o fiasco monumental da supergerente transformada em sucessora?
Quando será balbuciado algum álibi vinculado às roubalheiras promovidas por Rosemary Noronha e seus amigos no escritório da Presidência da República em São Paulo?

É para furtar-se a essas e outras perguntas sem respostas convincentes que Lula resolveu decretar que a imprensa é um partido de oposição.
Antes que use o mesmo argumento contra o Ministério Público, os procuradores e promotores de Justiça responsáveis por investigar as maracutaias que envolvem o ex-presidente devem cumprir seu dever e intimá-lo a contar o muito que sabe.

19 de maio de 2014
Augusto Nunes

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